segunda-feira, 30 de janeiro de 2017

O surrupiado rancho

Resultado de imagem para geladeira vazia


O malandro, em dispensa e geladeira vazia, alocou execução na obra. O auto, em cidade-campo, assumiu direção. A incursão, em abertas roças e fartos cultivos, acudia na visitação. A coleta, em dissimulada ação, ocorria nas caladas (em peculiar nas tardes de domingo). Os artigos, em ceifa, caíam em abóbora, aipim, batata, feijão, milho (verde), melancia... O disponível, em consumível, caía carregado (em dano dos agrários). Os infelizes, em custo e labor, incidiam subtraídos. O carro, em saque, regressava apinhado. O escárnio, em item surrupiado, caía em melhor sabor. A melancia, em anã, sucedia no reclamo... Os velhos, em abjurado ladrão, ajeitavam ajustada educação. O trapaceiro, em obra, convergia afugentado na marra. O cartucho, em munido de feijão, pólvora e sal, afluía em certeira detonação. O auferido, em crônica lesão, consentia alívio e saudação. A saída, em respeito ao bem alheio, curava imerecidas apropriações e incursões. “Quem ousa, acode no risco”.

Guido Lang
“Histórias das Colônias”

Crédito da imagem: http://blogdocarlossantos.com.br/

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