domingo, 31 de julho de 2016

A artificial essência


A cidadã, no lugar das colônias, cunhou-se na infância e mocidade. As tarefas, em afazeres rurais, caíam no exemplo das capinas, colheitas, plantios, tratos... A agricultura familiar de subsistência, na pequena propriedade familiar, advinha no meio de sobrevivência. O consórcio, na certa idade, ordenou mudança. A migração, em campo-cidade, conduziu na “vida artificial”. Os ambientes, no “enclausurado urbano”, emanaram em choros e queixas. A vida, no resguardado das edificações, sobreveio na “doença de espírito”. As dores, em múltiplos remédios e terapeutas, fraquejaram no resultado. Os efeitos, no conjugado dos gastos, viram-se medíocres. O regresso, nas “raízes da natureza”, caía em “bálsamo e sopro de vida”. A pessoa, na infância, assimila os princípios básicos da essência. As cidades, nas adequações e restrições, reforçam depressões e neuroses. O sujeito, na curta vivência, deve olhar pela alegria e sentido. A riqueza, na saúde, consiste em atender os clamores d’alma.
Guido Lang
“Histórias das Colônias”

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Pintura do norte-americano Robert Duncan.

sábado, 30 de julho de 2016

A folia financeira


O empregado, no serviço casual, relatou no brio peripécias. O patrão, no intervalo, ouviu conto das folias (no final de semana). O sujeito, nas andanças, tomou adoidada cervejada. O armazém, na inicial acolhida, apreciou par de garrafas. O botequim, na afamada esquina, acorreu no consumo de outras três. A lancheria, no lugar do cadeado, adveio na ingestão de mais cinco. A folga, no joguinho de baralho, complementou distração. A família, no ínterim, convive nos abjetos consumos e precisões. O proprietário, em empreendedor rural, externou: “As cervejarias, na irreflexão, enaltecem façanha. O governo, no alquebrado cofre, alarga arrecadação. Os mercadores, no álcool, granjeiam sustento”. O consumidor, no ímpeto de acidente e transgressão no tráfego, “combina bebedeira com direção”. A comparte, no judiado da faina e tempo, aufere pão. A pessoa, na avançada idade, calha na penúria. O empreendedorismo, na falta de capital, advém abolido. A desdita financeira de uns subsiste na alegria monetária de outros. A realidade descreve: “A mente fraca perpetra em fazer sofrer corpo”.

Guido Lang
“Histórias das Colônias”

Crédito da imagem: http://portaldearaucaria.com.br/

domingo, 24 de julho de 2016

A onerosa leitura


O jovem, morador das colônias, caía no atraente e instrutivo legado. A leitura, na bisbilhotice inapta das ciências e ocorrências, advinha no amor e distração. O tempo, nas folgas, acabava absorvido na apreciação das escritas. Os livros e jornais, na variedade de matérias, incidiam na “ativa reverência”. O comportamento, no enclaustrado (em eventos), originaria atraso no chamego. O namoro, na falta de procura (associação), ocorria na demora e descaso. O desfecho, na posterior união, acorreu no apelo ao “matrimônio arranjado”. A tia, em “arrumadora de xodó”, interferiu no “arranjo de senhora”. O moço e moça, na certa ocasião, acudiram na aproximação, conversa e união. A associação, no “recíproco encalhado”, transcorreu em criação de família. A vida, na manha, ordena equilíbrio nos amores e atitudes. As facilidades, no habitual, acodem em uns e sobrevém, em dificuldades, de outros. O conveniente, nas ocasiões, incide em vivenciar as distrações e obrigações das idades.

Guido Lang
“Histórias das Colônias”

Crédito da imagem: http://blog.ciadoslivros.com.br/

A impregnada bactéria


O agricultor, na condição de pai de família, acorreu no biscate e ganho pela vizinhança. A tarefa, na demolição e reforma de antiga casa rural, acudiu em auxiliar. As madeiras e pedras, na centenária residência, exigiam arrancadas e reformulações de estruturas. O sujeito, no imperioso da grana, aceitou temporária contratação. Os bons dias, na intensa e pesada jornada, assistiram-se absorvidos e gastos na edificação. O impensável, na circunstância da poeira, aconteceu no armazenado e repassado germe. A bactéria, no enfermiço de antigo ente, nutria-se encravada e resguardada nos materiais. O tifo, na patologia do impregnado (de décadas), conservou-se ativo e tapado (entre argamassas e fendas). A inspiração, no ar empoleirado, originou imediato contágio. O agente, em parcos dias, sobreveio na doença. A saída, no oneroso tratamento, acorreu na precisão. O cuidado, no “manejo de velharia”, redobra-se na atenção e cuidado. A morte, nalgum item frágil, inicia ação e missão.

Guido Lang
“Histórias das Colônias”

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domingo, 17 de julho de 2016

O amiudado sumiço


O criador, no trato das galinhas, acorria na amiudada e reiterada falta. A ração, na peculiar postura, caía no consumo e sumiço. O estrago, no tempo, decorria no amontoado e “dor no bolso”. A pilhagem, na vizinhança, inspirava ação e suposição. A achada, na certa ocasião, ocorreu no acaso. O cão, no faminto ente (vizinho), incursionava nas caladas. A besta, no interior do abrigo, adentrava na abertura. O colírio, na apressada aplicação, adveio na instalação. O fio condutor, no distendido, viu-se no adicionado da entrada. A eletricidade, na aguçada voltagem, completou inserida. O guaipeca, no choque, reagiu no exasperado alvoroço e infernal corrida. O sumiço, na analogia de raio, resultou no amargo artifício e experiência. A eletricidade, em cercados (pastoreios e propriedades), instituiu cheiro e cuidado animal. A bicharada, no primeiro choque, descreve distância e respeito. Sensatas manias, na praxe das multiplicações, requerem conveniente atenção e remédio.

Guido Lang
“Histórias das Colônias”

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O extremo descaso


O sujeito, na falta de opção profissional, seguiu ofício colonial. As tarefas, na inépcia de agricultor, fluíam nos “meros frutos do sustento”. O plantio, nas instituídas ceifas, abonava na falta a ingestão familiar. A abastança, na ocasião, sucedia na coleção de filhos. O morador, na certa feita, criou conto e modelo. A faina, no ar da primavera, acorria no imperativo da aração. O chão, no situado do cerro, caía no serviço. A andada, na meia hora, aferiu-se na distância. Os bois, no cangaço, seguiam ordem. O cão, no guarda, seguiu séquito. O ingrato, na desforra da chegada, vinculou-se ao arado. O item, no imprescindível, aprontou esquecido. O recurso, na ocorrência, foi assentar-se na lavoura. O cenário, na encantadora visão (morro no rumo da baixada), absolveu olhos e sonhos. A obra, na estada, decorreu na mera degustação do lanche e moroso regresso. A tarefa, noutra aurora, ficou no compasso da espera. A inabilidade, na função, cria desatento obreiro. O desapego, nas tarefas, decorre em improviso e indigência.

Guido Lang
“Histórias das Colônias”

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terça-feira, 12 de julho de 2016

O atípico esconderijo


O sujeito, em negociante, esperava ocasião própria. O comércio, em sacas de soja, acorria em atravessador/especulador. O artifício, na oscilação dos preços, denotava comprar na baixa e vender na alta. O comércio, na aquisição, proferia dinheiro (em mãos) e informação. O produtor, no aperto, “leiloava fruto e safra”. O ardil, no baque, significava fechar escambo. A grana, no atenho, fazia primazia na transação. O problema, na agiotagem, caía em guardar importâncias. Os bancos, em repetidos depósitos e saques (elevados), advinham na suspeita. O fisco, no confisco, acabaria ciente e no encalço. O enricado, no acobertado, acudia em rodeio (na inocência e modéstia). A saída, nas cercanias da morada, foi enterrar valores. Os volumes, no retido, jaziam no aguardo das ocasiões. Camuflados entes, no disfarçado, propagam-se em abonados e reservados. Numerosos poupadores, no feitio de despojados, guardam vultosos créditos e patrimônios. Os visados, na discrição e modéstia, externam ciência e fiança.

Guido Lang
“Histórias das Colônias”

Crédito da imagem: http://www.newsrondonia.com.br/

O usual trago


O lavrador, na intensa faina braçal e rural, instituiu certa doidice. O apregoado, no conjugado das falas sociais (coloniais), consistiu em inspirar bem-estar. O trago, no gole de cachaça, caía no regresso da lavoura. A aturada transpiração, nos afazeres da roça, acudia na precisão da reposição de energia e líquido. O aperitivo, no antecedente do almoço e janta, acontecia na apreciação e ingestão. O artifício, na assimilação da mediana idade, contornou-se em devassidão no tempo. O costume, no progressivo, calhou no acréscimo da quantia. O usual gole, no apreço e bel-prazer, tornou-se idolatria e rotina. O achaque, no decurso, abrigou-se no corpo e espírito. O desfecho, na velhice, revelou-se maldito. O alcoolismo, na desgraça doméstica e financeira, tomou conta na estirpe. Os vícios, na difusão, acorrem na primeira deglutição. Sensatas alocuções, no acobertado, camuflam escamoteados comércios. O bom senso, em afazeres e eventos, prevalece nas condutas e crenças.

Guido Lang
“Histórias das Colônias”

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segunda-feira, 4 de julho de 2016

O brioso subterfúgio


O imigrante, no começo da colonização, reparou dificuldade. A selva, no recebido lote, caía na conquista. A faina, no completo, calhava nos quefazeres. Os começos, no auxílio de apetrechos manuais, perpassavam “na mão na frente e na outra atrás”. A força física, na ciência e paciência, acorria na atuação e distinção. A tradição oral, na instituição do inicial pastorado, apresenta “valiosa pérola”. O forasteiro, no ofício, reparou “enigma de auferir oportuno pão”. A saída, no paliativo, consistiu no recorro ao subterfúgio. O meio, na desassistência religiosa, foi “alocar Bíblia embaixo do braço”. Os batizados, consórcios, funerais e pregações, no retirado das casas, foram inventar ofícios. Os ganhos, em modestos afagos e pagos, adotaram obtenção. O preceito, na encanecida instrução, calha na inteligência. O sujeito, na “fácil grana e ligeira fortuna”, propaga confiança divina. A subsistência, na alocação do sobre-humano, assenta algibeira e mesa. O preguiçoso, no mínimo empenho, atina meio de auferir sustento.

Guido Lang
“Histórias das Colônias”

Crédito da imagem: http://www.ultracurioso.com.br/

A peculiar encomenda



A donzela, no espaço das colônias, caía na “fina flor do campo”. O encanto, no arranjo e capricho, acudia no “título de rainha”. Os moços, em convites e propostas, perpetravam “ala no empenho da união”. As linhas, nas adjacências da morada, incidiam na carência de comparte (na altura). A conduta, em conjugado, calhava na abstinência dos namoros. A saída, no sensato amigo, foi “em encomendar xodó”. O pretendente, no espaço urbano, acorreu no instituído convite. O amado, no recomendado, desandou no agrado e idade. O prático, no contratempo, caía na negação e rejeite. A realidade social, em inícios do século XX (1910), impedia procedimento. O jeito, na “frieza e pranto”, foi assumir encomenda e tratado. O consórcio, no alongado tempo, afluiu na abstinência dos rebentos. O sujeito, no excesso das pedidas, acaba na equivocada escolha. O próprio, na sabedoria, advém em permanecer na oportuna gente. Ajuizadas modas, no anseio das feições e inovações, calham em amuamentos e avarias.

Guido Lang
“Histórias das Colônias”

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A casual dedicação


A esposa, no inserido das colônias, acudia no ímpar artifício e mania. Os afazeres, na casa, horta e jardim, sorviam conjunto das horas. Os trabalhos, na assistência do interior das lidas de roça, afluíam na excepcionalidade. A ocorrência, na véspera de evento comunitário, sucedia na energia e hábito. O fim, na assistência ao marido, visava granjear admirações e assuntos. As conversas, no ambiente festivo, ocorriam em temas frescos das criações e plantações. A frequência, em tarefas da lavoura, iluminava argumento e mente. A qualidade, no exteriorizado às amigas e vizinhas, caía no aspecto de ativa e efetiva laboriosa. O vizinho, no mexericado, enxergava peculiar encenação (teatral). A opinião familiar, no conjunto da vizinhança, calha em derradeira estima. Os indivíduos, no reservado das neuroses, criam contos e patologias. Cada atordoado, na conduta, assenta doença e mania. A pessoa, na ressalva da obsessão ao dinheiro, presta-se ao variável neste novo e velho mundo.

Guido Lang
        “Histórias das Colônias”

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