O morador, em jovem, alegre e forte, envolveu-se na enviuvada senhora moça. A consorte, em idade, poderia ter sido sua genitora. A diferença, em um quarto de século, achegou-se na senilidade. O convívio, em debaixo do igual teto, caiu nos bons anos. O tempo, em franca progressão, aguçou diferenças. A intimidade, em anseio e júbilo, sofreu abalos. O ente feminino, em acolhimentos, calhava na escassez. O masculino, em ativo maculo, percebia carência (aos quarenta). A senhora, em aferidos setenta, incidia na escassa vontade. O casório, em distração, padecia em inteirações. O esposo, em “egressões de surdina”, daria suas beliscadas. A companhia, em atraiçoada, afluía em reclamos e xingarias. A ausência, em filhos, avigorava empenho (em ocasional desunião e troca). A conversa, entre pessoais, incidia em lamentos. As pessoas, em diário das experiências, advêm em peculiares problemas. A alegria, em completa, advém em ilusão. O tempo, em escolhas, define acertos ou desacertos.
Guido Lang
“Histórias das Colônias”
“Histórias das Colônias”
Crédito da imagem: https://fearlessluisa.wordpress.com
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