domingo, 28 de agosto de 2016

O desfecho singular

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A galinha-d'Angola, no contexto das criações, fazia descaso e desprezo pelas galinhas. O bando, na dezena de idênticos, sentia-se “dono do pátio”. As galinhas, em maioria, viam-se hostilizadas (nos momentos do trato). Os anos dourados, no ardor da idade, exteriorizaram estupidez (dos porvindouros da existência). O acaso, no decurso do tempo, perpetrou ímpar arte. A afronta, em idênticos, caiu no óbito dos membros. A espécie, na inaptidão em chocar próprios ovos, sucedia no fraquejo da prole. O saldo, no epílogo da essência, incidiu no autoextermínio. O sensato macho, no outrora desaforado, mostrou-se no último exemplar (na propriedade). A fatalidade, no alheio das galináceas, conduziu na precisão de coexistir com galinhas. A angolista, no peculiar da espécie, semelhava conviver nas melancolias. A arrogância, no conjunto da desgraça, nutriu-se incólume. O fato descreve: “A pessoa deve jamais dizer dessa água careço de beber”. O destino, em desdita, reserva surpresas.

Guido Lang
“Histórias das Colônias”

Crédito da imagem: http://blog.mfrural.com.br/

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