sábado, 20 de agosto de 2016

A insolente lição


O criador, no ardor por aves, caía no cuidado e receio. As caturritas, no par, acudiam em abrigadas e prendidas. O gato, no apurado impulso da caça, ajustava atuação e distração. Os indefesos pássaros, na briosa carne, caíam no acréscimo do sustento. O dono, na cilada, arquitetou contenção e ensino. O choque, em condutor (elétrico), foi estendido no piso. O gato, no chão úmido, foi achegando na distendida gaiola. O condutor, no baque, foi inserido na tomada (no encosto da pata na jaula). O felino, no alarido estridente, apavorou-se na situação. O susto, no revoado pulo, conferiu-se na reação. O rabo, na ocasião, inchou-se em graúda penugem. A partida, na analogia de raio, efetuou-se no clássico glutão. O amargo e dolente, no banal caçador (de encerrados bípedes), comportou-se em assistidas e voltas. As ciladas, no impróprio, doutrinam nas efetivas e rápidas provas. O sujeito, na inteligência, deve jamais subestimar os iguais. Os humanos, nas desditas e perdas, inovam nas ações e inovações.

Guido Lang
“Histórias das Colônias”

Crédito da imagem: https://twitter.com/na_gaiola

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