O colonial, na circunvizinhança, convivia em afrontas e injúrias. As desconfianças, em linhagem, perpetravam alteração de gênio. As heranças, em ambíguos inventários, acorriam em ganas irreconciliáveis. As afrontas, no anexo da propriedade (no inserido aos adversos), incidiam na criação de artes. Os casos, na amostra, caíam na adulteração de marcos (divisas), desvios de águas, “exportação” de pedras (na roça), cultivo de árvores (no anexo das áreas aráveis), ingresso de inços (em pragas), obstruções de cacimbas... O agricultor, no treino da lavoura, valia-se das afrontas e avarias. Os males, na safadeza, afluíam em alguma serventia. Os seixos, na erosão, acorriam em contenção. As águas, em excesso, caíam em irrigação. As sombras, no cultivo, abrandavam abusos na heliose... A atitude, em tempo, incomodou os contrários. Os ultrajes, no lucro, viram-se abolidos. O alheio estorvo, no penetrado, era gerador de oportunidades. A inteligência, no insulto, calha em atinar afinadas saídas.
Guido Lang
“História das Colônias”
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