A família, no módico lote rural (em três hectares de terra roxa), caía em empobrecida e sofrida. A fome, no unido, apontou instalada e prolongada. O chão, no ardente desleixo e pastio, acorria em lavado e improdutivo. A água, em vários valos, compôs fendas e voçorocas. A casa, em colonial, advinha tomada de goteiras... A oferta, no ajuizado vizinho, constituiu em adquirir propriedade familiar. A compra, em “duras penas”, resultou na precisão (de investimentos e reformas). A morada, na vasta melhora, caiu no feitio. A terra, em amanho e pousio, auferiu recuperação. Os valos, em serviços de retro, apontaram alisados (com curvas de nível)... O cenário, no parco tempo, reformulou paisagem e riqueza. A antiga tapera, em campo brioso, apareceu implantada no meio. Os velhos patrões, no restaurado, submergiram na inveja e lamúria. O comprador, no descaso do dispendido, viu-se achacado em aproveitador e oportunista. O fato reforça: O solo, no agrário, confere-se na maior fortuna.
Guido Lang
“Histórias das Colônias”
Crédito da imagem: http://www.trural.pt/
Imagem meramente ilustrativa.
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