quarta-feira, 9 de novembro de 2016

O choro dos finados

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A tradição, no exteriorizado dos antigos, ratificou memória e meteorologia. O adágio, no lavrado, trata: “Em Dia de Finados gosta de chover”. Os prantos, em expirados, fazem cair chuva. A crença, em afligidas almas, vincula-se na falta de paz. O choro, na afluência e lembrança (dos vivos), perpetra agonia e saudade. As lágrimas, no sobrenatural, revertem em pluviosidade. As almas, em exame, coexistem na aflição e discrição. Os espíritos, na procura do alívio, vagam em bandas e lares. Os entes, na afinada sensibilidade, presentem companhia.  A ajustada reza, na petição de quietação (na fonte), leva em abrandar ares e dor. O sujeito, no juízo, abstém-se em “confiar em estropícios”. O universo, na extensão imaterial, oculta mistérios e normas. O fato, na ciência, fica alheio da inquirição. O Homem, em obra prima, obriga-se em confiar (na instância abstrata e superior). A vida, no adverso, calha aquém dos animais. A razão, na evolução, reflete-se "imortal" na imagem do Criador.

Guido Lang
“História das Colônias”

Crédito da imagem: http://www.jornaldepomerode.com.br

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