Num inverno, o Arroio Vermelho (situado no cerne do município de Teutônia/RS), aborreceu-se em ser mero auxiliar do Boa Vista (tributário do Taquari). Pediu a “São Pedro”, em chefe da meteorologia, uma avigorada chuva. A cheia alastrou-se nas descidas e várzeas!
As nascentes, nos morros da Catarina e Bela Vista, derramaram abundante água (a semelhança de “tromba d’água’’). O córrego dilatou leito. O curso, em estreito, vazou (em arrasar beiradas). As plantas, em capins, charcos, matos e plantios, assistiram-se extraídas e levadas.
O altivo regato, em princípio, ficou encantado e orgulhoso. A força e realeza, em ocasião, conferiam cólera e respeito. As águas, em larga quantia, avultavam folhas, lenhas, plantas, terras... A chuva, em interrupção, atenuou volume. Os danos viram-se exacerbados!
O riacho, na nostalgia, teve dó da exuberância de árvores, flores, pássaros... Os entes, em inocência e modéstia, pareciam atacados na inerente associação. A torrente, nas ocasiões progridas, buscou cautela e paciência. O recanto ecológico, no ensejo, caía em dádiva!
Sensatas cátedras e provocações, na curta essência, carecem de auferir atenção e intriga. A beleza, em lugar ermo e sereno, consiste em ser auxílio e bênção!
Guido Lang, Jornal Eco do Tirol n° 12, dia 12/03/2005, pág. 03 (texto reescrito).
Crédito da imagem: http://www.tempoemteutonia.com.br/index.php/postagens/enchente-de-08102015-em-teutonia/
Imagem meramente ilustrativa.
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