terça-feira, 12 de julho de 2016

O atípico esconderijo


O sujeito, em negociante, esperava ocasião própria. O comércio, em sacas de soja, acorria em atravessador/especulador. O artifício, na oscilação dos preços, denotava comprar na baixa e vender na alta. O comércio, na aquisição, proferia dinheiro (em mãos) e informação. O produtor, no aperto, “leiloava fruto e safra”. O ardil, no baque, significava fechar escambo. A grana, no atenho, fazia primazia na transação. O problema, na agiotagem, caía em guardar importâncias. Os bancos, em repetidos depósitos e saques (elevados), advinham na suspeita. O fisco, no confisco, acabaria ciente e no encalço. O enricado, no acobertado, acudia em rodeio (na inocência e modéstia). A saída, nas cercanias da morada, foi enterrar valores. Os volumes, no retido, jaziam no aguardo das ocasiões. Camuflados entes, no disfarçado, propagam-se em abonados e reservados. Numerosos poupadores, no feitio de despojados, guardam vultosos créditos e patrimônios. Os visados, na discrição e modéstia, externam ciência e fiança.

Guido Lang
“Histórias das Colônias”

Crédito da imagem: http://www.newsrondonia.com.br/

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