sábado, 30 de julho de 2016

A folia financeira


O empregado, no serviço casual, relatou no brio peripécias. O patrão, no intervalo, ouviu conto das folias (no final de semana). O sujeito, nas andanças, tomou adoidada cervejada. O armazém, na inicial acolhida, apreciou par de garrafas. O botequim, na afamada esquina, acorreu no consumo de outras três. A lancheria, no lugar do cadeado, adveio na ingestão de mais cinco. A folga, no joguinho de baralho, complementou distração. A família, no ínterim, convive nos abjetos consumos e precisões. O proprietário, em empreendedor rural, externou: “As cervejarias, na irreflexão, enaltecem façanha. O governo, no alquebrado cofre, alarga arrecadação. Os mercadores, no álcool, granjeiam sustento”. O consumidor, no ímpeto de acidente e transgressão no tráfego, “combina bebedeira com direção”. A comparte, no judiado da faina e tempo, aufere pão. A pessoa, na avançada idade, calha na penúria. O empreendedorismo, na falta de capital, advém abolido. A desdita financeira de uns subsiste na alegria monetária de outros. A realidade descreve: “A mente fraca perpetra em fazer sofrer corpo”.

Guido Lang
“Histórias das Colônias”

Crédito da imagem: http://portaldearaucaria.com.br/

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