O lavrador, em plantador de parreiral, nutre a melhor uva da região. A produção, em contínuos pedidos, toma endereço dos supermercados. A fruta, em graúda e saudável, incita convite ao consumo. Os vizinhos, em ares de ciúme, andam cautelosos e horrorizados. O cultivador, em contínua hora, aplica avigorados venenos. Os insetos, em apressados e esfomeados, achegam-se na exclusiva ocasião. As abelhas, em consumo do adoçado fluído, encostam e falecem no baque. Os próprios abismados, em dezena, aplicaram massivos defensivos. A sequela, em consumidores, advém em indecifráveis mal estares. Os doentes, em constante tratamento, faltam de entender patologias. Os venenos, em tragados na nutrição, agem no dissimulado. As pessoas, em ambição do dinheiro e detença no negócio, assentam risco na permanência da espécie. O distraído, em extensão de “eu estar bem”, desinteressa nos efeitos. As pessoas, em leal carência e cobiça da grana, perpetram ceder alma ao capeta.
Guido Lang
“Histórias das Colônias”
“Histórias das Colônias”
Crédito da imagem: https://www.embrapa.br
Imagem meramente ilustrativa.
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