domingo, 12 de março de 2017

A habitual sina

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O morador, em agricultor, assistiu-se enterrado na comunidade. O cemitério, em bem religioso, despontou no lugar. O corpo, em companhia dos antigos, seguiu rumo. Os amigos, parentes e vizinhos, em breve descanso, extraíram tempo (ao séquito). A casa mortuária, em identidade (evangélica luterana), foi lugar do ritual. O pastor, em “mercador de absurdas juras divinas”, abonou aptidão e serviço. Os presentes, em silêncio, simularam crer em locução. O legado, em filhos, viu-se em capital. A soberba, em sobrenome, pode ser nutrida no porvir. O ensino, em denodo pessoal, caiu em “ser afável e respeitável com iguais”. O labor, em máximo tempo, perpassou no sopro da essência. O registro, em transcorrida história, será apontado nos livros (das crônicas e genealogias). A lembrança, em tradição oral, completará decorrida no clã. Os presentes, em autorreflexão, refletiram no oportuno epílogo. A falta do ente, em sistema, seguiu na igual rotina (da apatia). A pessoa, em morrer, deve estar só viva.

Guido Lang
“Histórias das Colônias”

Crédito da imagem: http://www.omaispositivo.com.br/

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