O caboclo, no encravado dos acentuados aclives (encostas), advinha na dificuldade financeira. O dinheiro, na obtenção do arame farpado, acudia na distância e impossibilidade. Os recursos, no obtido do trabalho braçal (corte de erva mate), ruíam na insuficiência ao sustento (familiar). A saída, em parcos animais, foi improvisar modesto potreiro. O pastoreio, no alívio do trato, via-se precisão nos peraus. O cercado, na facilidade da multiplicação vegetal, relacionou-se no plátano. A espécie, no exótico (adaptado ao frio), adorava aquele espaço. As mudas/galhos, em parcos centímetros (no espaçamento), foram fincadas na sequência. O crescimento, no paulatino, criou aspecto de trincheira. Algum módico arame, no suplemento, completou curral. A madeira, no corte, acorria em riqueza. O conjunto artificial, no feitio de quadrado, salientava-se na distância (na visão panorâmica do encravado do mato nativo e salientes morros). A adversidade, na criatividade, revoluciona ambientes e tarefas.
Guido Lang
“Histórias das Colônias”
“Histórias das Colônias”
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