quinta-feira, 28 de abril de 2016

Os "arranca tocos"


Esta era a denominação dos quadros esportivos improvisados nas colônias, quando a paixão pelo futebol, nos idos de 1930 e 1950, chegou nas diversas paragens teutonienses (situadas no Rio Grande do Sul/Brasil). Diminutos espaços planos, nos pátios ou potreiros, viram-se transformados em quadras esportivas. As bolas, inúmeras vezes improvisadas com panos, tornavam-se disputadas numa desenfreada correria. Adultos, crianças e jovens, sem maiores aptidões e habilidades esportivas, treinavam chutes e dribles, que, com estranhas bolas, eram “tocados a base do bicudo (chute forte)”. Inúmeros cocurutos, pedras e tocos vinham juntos na direção das goleiras, quando os competidores, com “sola dura dos pés” com o desuso do calçado, faziam pouco caso de minúsculos obstáculos esportivos. Os jogadores, advindos das encostas e vales do interior das propriedades minifundiárias de subsistência, encontravam-se acostumados à vida rude.
Estes, de qualquer jeito, procuravam jogar bola, quando a brincadeira e passatempo tornou-se uma obsessão. Os dias chuvosos, feriados, horários livres e finais de semana eram esperados com ansiedade, porque, numa reunião de amigos, irmãos e vizinhos, combinava-se um joguinho nalguma cancha pré-estabelecida. Quaisquer quatro chinelos, estacas ou pedras (tiradas de cercas de pedra) dava para organizar um campo, escolher no par e ímpar os quadros equilibrados e daí correr atrás de uma bola. Os gritos, pedidos e risadas, num dialeto estranho (hunsrücker) na América Portuguesa, ouvia-se a boas distancias, quando os tradicionais baralhos, caçadas e visitas perderam importância.
Os treinos fortuito, com os dias e meses, criaram habilidade com a bola, quando “os arranca tocos” cederam espaço a jogadores. Estes, no decorrer dos anos, criaram os quadros esportivos, que pipocaram nas colônias Boa Vista, Canabarro, Catarina, Germana, Languiru, Pontes Filho, Schmidt, Teutônia... Os confrontos domingueiros dos inúmeros quadros, tornaram comuns, quando domingo sem confronto, parecia uma data desperdiçada.
Os primórdios do esporte amador veio redimensionar o lazer nas colônias, no que o encontro dos times, em partidas ou torneios, era o motivo do afluxo de moradores. Saudosos tempos estes, quando jogava-se sem maiores delongas; achava-se graça das jogadas esdrúxulas; torcia-se apaixonadamente pelo clube da localidade; desconhecia-se ingressos, juízes de ligas, campeonatos onerosos... A ingenuidade e inocência pareciam parte da alegria e felicidade colonial, quando a mentalidade e os princípios existenciais eram outros.
           

Guido Lang
Jornal O Eco do Tirol, p. 03, edição 49
26 de novembro de 2005

Crédito da imagem:http://eusabiaetusabias.blogspot.com.br/

O Vale das Lágrimas


Os ancestrais, com a carência de recursos médicos e “perdidos na floresta subtropical”, conheceram dias ásperos e cruéis nas colônias teutonienses (localizadas no Estado do Rio Grande do Sul). A morte, através da diversidade de acidentes e moléstias, mantinha “um flagelo e sonho dantesco” nas famílias dos pioneiros. Pouquíssimos clãs safavam-se dos infortúnios, que diariamente “rondavam a lei da sobrevivência”. Os cemitérios, sobretudo na ala juvenil, são testemunho de uma época, quando encontra-se sobrenomes de todas os clãs.
A cólera, febre amarela, gripe espanhola, peste bubônica, pneumonia, tifo, varíola, como exemplos comuns, foram temidas epidemias, que alastravam-se nos cantos e recantos das picadas (linhas). Estas, como “flagelo demoníaco”, ceifavam valiosas vidas, quando desconhecia-se a ação dos microorganismos. Os micróbios atacavam de forma mortal diante da limitada eficiência de chás e ervas ou recursos dos remédios caseiros. As famílias careciam de dinheiro para custear médicos, que eram raros e residiam longe.
Algum morador ou viajante, da cidade à colônia, poderia introduzir germes de moléstias, que, com limitadas condições higiênicas e permanente convivência com criações conheceram a fácil proliferação. As epidemias e mortes causavam “pavores comunitários” quando famílias, com algum contágio dum membro, conviviam com o aparente abandono e isolamento. Alguma patologia, em horas, difundia aos quatro quadrantes, quando os temores viram-se divulgados e instalados no meio comunitário.
As localidades, entre 1862 e 1930, tornaram-se “um vale de prantos” quando o choro, lamentações, lágrimas... sucediam-se nas propriedades coloniais. A morte era um “fantasma permanente”, quando pais enterravam o mais valioso nas suas vidas – a própria carne através dos seus filhos. Os flagelos, em diversas almas amarguradas, trouxe desânimo e desesperança, que auxilia a explicar os suicídios. Os escritores de pastores, nos registros de óbitos, parca referencia fazem aos sucedidos cotidianos dos moradores, que expressam as dores do espírito...
A medicina moderna, com campanhas de saúde pública, dedetização, introdução de antibióticos e melhorias de condições higiênicas, reverteu o quadro de flagelo, mas histórias dos ancestrais permanecem vivas dos dias derradeiros da colonização. Queira Deus! Que outros “dias tenebrosos” jamais abatam-se sobre as esbeltas colônias e o vale das lágrimas fique como registro dum passado remoto.

Guido Lang
Jornal O Eco do Tirol, p. 03, edição 43
15 de outubro de 2005

Crédito da imagem: http://vivendoja.blogspot.com.br/

sábado, 23 de abril de 2016

A refrigeração caseira


Os antigos, nos porões das casas coloniais, construíam um singelo detalhe nas paredes dos alicerces. Algumas cavidades/entradas, em poucas moradias centenárias, comprovam a sabedoria colonial.
As cavidades, no contexto das sólidas pedras, viam-se deixadas abertas à refrigeração. Os rurais, diante da inexistência de geladeiras e freezers, trataram de armazenar e guardar banhas, cervejas, doces, mel, melados, natas, refrigerantes, schmier...
Os cuidados, como depósitos alimentares, ostentaram-se com recipientes bem fechados e tampados. O temor relacionara-se a incursão de eventuais insetos e mofos. O acúmulo de materiais, em função de roedores, mostrara-se descartado.
Os espaços frescos e secos, debaixo das casas, preservaram a frescura natural própria aos artigos/produtos. Uns, por meses e anos, viam-se armazenados e guardados no espaço. Estes, de maneira geral, ostentaram-se a qualidade como recém colhidos ou fabricados.
Algumas colheitas, como alhos, batatas, cebolas, feijões, ovos, sementes, somaram-se ao conjunto das armazenagens. A ausência de insolação diminuía as chances de brotações. As reservas alimentares era precaução aos rigorosos invernos e infortúnios nas safras!
O local, em algumas residências, consistia também no lugar específico das muitas carneações (sobretudo de suínos à extração de banha). Os familiares, em meio ao esquartejamento das vítimas, podiam labutar alheios as chuvas, insolações e serenos. A estrutura existente evitava maiores atropelos e correrias!
As gerações, em meio aos recursos da época, mantinham suas soluções e paliativos. A consorciação, entre o agradável e útil, manteve-se como segredo do êxito e sucesso colonial. Os espaços sobrepostos, bem administrados e gerenciados, evitaram dispêndios com conjuntos de instalações.

Guido Lang
“Singelos Fragmentos das Histórias do Cotidiano das Vivências”

Obs.: Relato de Hugo Bergmann de Linha Clara/Teutônia/RS.

Crédito da imagem: http://www.skyscrapercity.com


quinta-feira, 21 de abril de 2016

O apego a terra


Um ancião, com a vida dedicada a agricultura de subsistência, mantinha um profundo  amor a terra. A propriedade, num capricho e dedicação ímpar, fornecia os ganhos e o sustento familiar. Este, desde o momento de conceber-se como gente, assimilou o amor ao lugar e a tradição  do trabalho. O gosto e a vocação nunca permitiu desvencilhar-se do manejo da terra.
A propriedade, localizada numa encosta de morro, dificultava a locomoção e mecanização. O trabalho maior era a base da tração animal e braçal. O solo, de maneira geral, viam-se ocupado com uma diversidade de culturas. O agricultor, de várias plantas domesticadas, procurou cultivar  um pouco (com vistas ao auto-sustento). Exemplos, entre as várias culturas, foram o aipim, amendoim, arroz, feijão, frutífera, fumo, hortaliça, milho, verdura... As criações principais envolviam aves, gado (tambo), porcos...
Os anos e décadas transcorreram em meio as judiadas e penosas jornadas. A idade trouxe o peso dos anos/velhice. O trabalho braçal, nas encostas das elevações, tornou-se impróprio e  inviável. Algum rebento, sem maior interesse e vocação, precisou assumir a propriedade. A solução, em função do descaso, foi comercializar parte do lote e outra reservar a silvicultura. O ancião, na proporção dos anos, obrigou-se a morar na cidade. Algum filho assumiu a incumbência de ampará-lo (nos dias finais e penosos). A labuta tornou-se uma completa inviabilidade e sobraram lembranças dos tempos do vigor físico.
O cidadão, no desfecho da existência, efetuou um último pedido (num dia desses). Este, numa certa oportunidade, queria refazer a visita a velha propriedade. O desejo ardente de rever a antiga moradia e terras. O ancião, na proporção da presença, apreciou as lavouras de cereais, olhou as diversas frutíferas,  reparou matos (nativos e reflorestados), viu as colmeias encaixotadas... O desfecho, num último olhar, consistiu numa visão panorâmica sobre o lugarejo. A localidade, na amplidão e formosura, entendia como dádiva divina. Deus, Todo Poderoso, tinha-lhe sido generoso pela oportunidade de passar anos tão bons neste esplêndido lugar foi seu comentário.
Um filho, num domingo ensolarado, tinha-lhe feito a gentileza do passeio colonial. O senhor comentou e narrou algumas reminiscências. Inúmeras experiências e histórias pitorescas do passado rural ainda foram narrados e relatados. Os familiares e moradores, em diversas momentos das conversas informais, tinham ouvido falar de acontecimentos e fatos. Uns  poucos dias transcorreram da visita. O filho das colônias baixou a sepultura para o seu repouso derradeiro. Este, sem antes rever sua antiga paragem (numa última ocasião), não pôde fechar os olhos e o livro da existência. O apego a terrinha, apesar das dificuldades de toda ordem foi necessária (com razão do descanso sereno e a paz de espírito).
O colono, em função das criações e plantações, mostra-se um cidadão aficionado e apegado a terra. A propriedade, no item qualidade de solo e presença de fontes, revela seu maior patrimônio. Uns coloniais, no seio dos solares, tiveram o privilégio de nascer, crescer, viver e perecer no torrão familiar (na idêntica casa, pátio e propriedade). O cenário de moradia ostenta-se um reflexo do espírito dos seus ocupantes. A dignidade e qualidade de vida consiste em conciliar os confortos da cidade com a natureza das colônias.

Guido Lang
“Singelas Histórias do Cotidiano das Colônias”

Crédito da imagem:   parasalvarvidas.blogspot.com

Filosofia colonial

  1.  Quem não trabalha procura carecer de atrapalhar.
  2.  As colheitas apropriadas sucedem no frescor da manhã.
  3. O trabalho matinal frutifica no descansado corpo e mente.
  4.  Quem cedo madruga afeiçoa-se na produção e satisfação.
  5.  A precaução da velhice ocorre na aurora da existência.
  6.  A tarefa determina o ânimo e apego a labuta.
  7.  O trabalho excessivo priva tempo necessário à reflexão.
  8.  Uma pedra sobre outra edifica a sonhada moradia.
  9.  O inteligente une descida morro abaixo com a sorte.
  10.  A correção permite nobreza de espírito e tranquilo sono.
  11.  Qualquer canto e pedra ostenta utilidade na propriedade.
  12.  As ferramentas possuem apropriada guarda e próprio dono.
  13.  Vizinhos bons ou ruins provêm da propagada índole.
  14.  Os exemplos práticos sobrepõem-se as ladainhas e palavras.
  15.  A coerência e limpidez paterna transluz na psique dos filhos.
  16.  O espírito alheio identifica-se nas entrelinhas das vivências.
  17.  O conjunto de detalhes faz a diferença na funcionalidade.
  18.  A exuberância vegetal denuncia a privilegiada terra.
  19.  A presença do inço desponta a fertilidade do solo.
  20.  O trabalho diário conduz a façanha da grandiosa obra.
  21.  Os falantes acabam restritos a própria ladainha.
  22.  O sucesso no enlace coincide em ficar na própria gente.
  23.  O poupador avoluma dinheiro na ideia de angariar dividendos.
  24.  O colono compra artigos nos reais e recebe nos centavos.
  25.  O pior pecado da existência consiste em educar mal os filhos.
  26.  O pátio mostra-se o espelho do capricho do proprietário.
  27.  O rendimento decorre do segredo da utilização dos materiais.
  28.  A extração do último centavo incide no exercício da ganância.
  29.  O indivíduo ganha e perde no exercício dos negócios.
  30.  O exemplo alheio serve de especial escola e referência.
  31.  O potreiro ostenta-se a impressão do capricho no imóvel.
  32.  O comportamento canino reflete o espírito dos tratadores.
  33.  O tempo cura infindáveis males e revela veladas verdades.
  34.  O cidadão dispensa dinheiro na proporção de ostentar crédito.
  35.  A ausência de regras induz ao descumprimento das normas.
Guido Lang
“Crônicas Coloniais”

Crédito da imagem: http://www.turismo.gal/

Os guardiões dos pátios


Quaisquer casas coloniais, a semelhança das plantas ornamentais, ostenta alguma cachorrada. Esta, em três turnos, zela pela vigilância. Denuncia a presença de forasteiros. Os tradicionais latidos assinalam alguma anormalidade. A inquietação obriga averiguar o comportamento. Os  animais, em boa dose, revelam-se o espelho dos donos.
As histórias de cachorradas costumam ser inúmeras (nos contextos familiares e comunitários). Alguns animais, em função da convivência e proximidade com os humanos, “faltariam somente falar”. As narrações, de excepcionais aventuras e caçadas, revelam-se realidades comuns. O exemplo dum cachorrinho, exímio caçador, conseguiu matar duas raposas (de forma paralela). Mordia uma e, em seguida outra, para nenhuma fugir. Certas odisseias, não  fossem vistas, seriam causa de lorotas. Outros guaipecas, num domingo de tarde, denunciaram sinistro. Estes, de forma desesperada, latiam para alertar os donos. Algum mais, em meio a romaria por fêmea, adveio castrado (resultado: deixou de ser caçador e assumiu ares de dorminhoco).
A cachorrada, em síntese, costuma ser o retrato do adestramento. Estes, bem cuidados e tratados, transparecem o capricho. A consideração como se fossem membros da família. Outros, amarrados em cada canto do espaço e em meios as necessidades, retratam o desleixo e espírito possessivo. Famílias, com animais agressivos (nos pátios), costumam revelar a escassa consideração por visitação. Outros, muito amigáveis, a alegria de relacionar-se e receber a presença da vizinhança. Alguns, muito apegados a caça, foram treinados para dar essa função. Acompanham, como maior alegria e satisfação, as idas e vindas dos donos pelos espaços. Costumam devassar o terreno (atrás de descuidadas presas).
A curiosidade relaciona-se aos nomes. Cada animal, de um a cinco nos pátios, recebe uma alcunha/denominação. Uns ligam-se as figuras folclóricas da história. Exemplos: Bin Laden, Nero, Napoleão... Alguns mais afetivos: Boby, Lesse, Xuxa... Outros gerais: Chiquinha, Faísca, Piloto... Denominações, de preferência, de fácil pronúncia. Outra realidade liga-se ao número de membros: famílias abonadas – poucos bichos; humildes – um bicharedo (espalhado pelos quadrantes). Parecem temer pela segurança assim como ver surrupiado o pouco patrimônio (acumulado com tamanhas dificuldades). A cachorrada zela pelo espaço familiar. Os pátios, sem a tradicional presença de caninos, significam a fácil invasão e petulância alheia. O bicharedo, da fauna silvestre, cedo ostenta-se abusada e ousada (na porporção de não sentir cheiros de cachorrada).
Quem não sabe especiais histórias de animais? Cães que fizeram fama pela ousadia e petulância? A cachorrada, enquanto ainda não conhece o valor do dinheiro, mantém-se como os mais fiéis amigos e parceiros dos homens. Eles, na prática, repassam o espírito dos seus donos.

Guido Lang
Livro “Histórias das Colônias”
(Literatura Colonial Teuto-brasileira)

Crédito da imagem: http://casa.hsw.uol.com.br/5-melhores-caes-de-caca.htm

As lavouras hortas

 

A mecanização, com a massiva aquisição de tratores (e seus equipamentos), trouxe uma nova realidade produtiva (às áreas das antigas colônias alemãs). As terras aráveis, com o inchaço populacional e divisão massiva dos lotes, trouxeram uma situação impensável: as lavouras hortas.
As sucessivas heranças/inventários, depois de cinco a seis gerações de colonização, criaram uma infinidade de lotes. Estreitas e compridas faixas, com o início na estrada geral, estendendo-se, como tiras, na direção dos fundos/morros. Inúmeros herdeiros, por carências monetárias ou querelas familiares, não chegaram a um denominador comum na sucessão. Uns não queriam vender; outros acharam pouco os valores ofertados; alguns constituíram chácaras... Propriedades bonitas, com lavouras limpas e planas, viram-se fracionados (as dezenas e centenas). Os herdeiros, nalgum momento dos inventários, ficaram com esparsas áreas. Lotes iniciais, de uma família no início, abrigam na atualidade meia dúzia de moradores. O punhado de tiras, como consequência, inviabiliza as possibilidades duma boa/melhor mecanização.
Alguns agricultores/plantadores, com os cada vez mais potentes tratores, precisam de  grandes áreas/lavouras. Os trabalhos vêem-se facilitados com os maquinários. A realidade ostenta-se adversa: diminutas áreas. Os dispêndios, com manejo e tempo, revelam-se maiores nas meia dúzia de metros de plantio. As estreitas faixas acabam cultivadas como roça. Uma espécie de agricultura de jardinagem. O milho (à silagem) e as pastagens (ao pastoreio) ganham a primazia dos investimentos. Outros espaços, isolados em meio aos matos (reflorestamento), incorrem ainda na depredação das plantações (pela fauna). Os custos, em meio às margens apertadas de lucro, mostram-se acentuados para escasso retorno produtivo.
Lavouras, como hortas, vêem-se disputadas nas baixadas e encostas (mais suaves). As máquinas, na prática, encontram-se subaproveitadas (em função da carência de terras). Vários moradores ostentam oneroso maquinário porém incorrem na falta de áreas/terras. Alugar ou comprar aonde?  No interior das exploradas localidades? Outros áreas nobres acabaram ocupadas com eucalipto. Como agora devastar novamente em área rural? Os dividendos/retorno da madeira não cobrem o custo de arrancar tocos. Outros, com terras disponíveis, pouco caso fazem das culturas anuais (em função de subsistirem nas atividades urbanas).
Os coloniais, de maneira geral, mostram-se muito presos aos tambos. Querem e precisam do leite. Este, no final de cada mês, dá o dinheiro necessário (à manutenção dos negócios). Outros empreendimentos, nos retornos, ostentam-se demorados. Inúmeros coloniais carecem de capital de giro para novas empreitadas. Precisar-se-ia repensar certas culturas.  Intensificar a produção nos poucos espaços com plantações mais lucrativas e intensivas. Falo, a título de ilustração, em iniciativas como hortaliças, flores, frutas... A experiência, em função do apego ao tradicional e falta de estímulo a novas iniciativas, mantém-se nas aves, gado e suínos. As irrigações precisam ser implementadas. A agricultura de subsistência familiar, nestes termos atuais, encontra-se num dilema.
Inovar para sobreviver é o lema no mundo global. Certos familiares conhecem-se somente na proposição de fazerem seus inventários. Muita terra fértil, por razões diversas, encontra-se subaproveitada.  A progressiva urbanização expandiu-se e estendeu-se sobre áreas nobres.

Guido Lang
Livro “História das Colônias”
(Literatura Colonial Teuto-brasileira)

Crédito da imagem: http://revistapetitpola.blogspot.com.br/2012/10/hortas-se-instalam-nos-colegios-da.html


segunda-feira, 18 de abril de 2016

Pensamentos de Henry Ford


01. Quer você pense que pode ou não fazer algo, você está certo.
02. Não encontro defeitos! Encontro soluções! Qualquer um sabe se queixar!
03. Há mais pessoas que desistem do que pessoas que fracassam.
04.  insucesso é apenas uma oportunidade para recomeçar com mais inteligência.
05. O dinheiro não muda o homem, apenas o desmascara.
06. Se eu tivesse um dólar, investiria em propaganda.
07. Nada é difícil se for dividido em pequenas partes.
08. Você pode fazer qualquer coisa se tiver entusiasmo.
09. Um idealista é uma pessoa que ajuda os outros a prosperar.
10.  A maioria das pessoas gasta mais tempo e energia ao falar dos problemas do que ao enfrentá-los.
11. Economia frequentemente não tem relação com status de dinheiro gasto, mas com a sabedoria usada em gastá-lo.
12.  Um negócio que não faz nada a não ser dinheiro é um tipo pobre de negócio.
13. Qualidade significa fazer certo quando ninguém está olhando.
14. Existem mais pessoas que desistem do que fracassam.
15. Estar decidido, acima de qualquer coisa, é o segredo do êxito.
16. Corte sua própria lenha. Assim, ela aquecerá você duas vezes.
17. A única história que vale alguma coisa é a história que fazemos hoje.
18. Pensar é o trabalho mais difícil que existe. Talvez por isso tão poucos se dediquem a ele.
19. Não é o empregador quem paga os salários, mas o cliente.
20. Não nos tornamos ricos graças ao que ganhamos, mas com que não gastamos.
21. O melhor uso do capital não é fazer dinheiro, mas sim fazer dinheiro para melhorar a vida.
22. Nossos fracassos são, às vezes, mais frutíferos que nossos êxitos.
23. Amar o povo é fácil. O difícil é amar o próximo.
24. O segredo do meu sucesso é pagar como se fosse perdulário e comprar como se estivesse quebrado.
25. Há um punhado de homens que consegue enriquecer simplesmente porque presta atenção aos pormenores que a maioria despreza.

Henry Ford (1863-1947)

(Pensamentos reunidos, a partir de fontes diversas, por Guido Lang)

Crédito da imagem: http://prestesaressurgir.blogspot.com.br/2011/10/de-henry-ford-steve-jobs.html

quinta-feira, 14 de abril de 2016

Provérbios Indígenas


  1. Que haja calor no teu iglu, óleo na tua lâmpada e paz em teu coração (Esquimó).
  2. Nunca coloque o seu dedo num furo do gelo, você poderá congelar seu dedo (Esquimó).
  3. Não julgue o seu vizinho até andar duas luas nos mocassins dele (Cheyenne).
  4. Que os meus inimigos sejam fortes e corajosos, para que ao ser vencido não me sinta envergonhado (Cheyenne).
  5. Pense o que quiser pensar, você tem que viver com seus próprios pensamentos (Dakota).
  6. Os pensamentos são como flechas, uma vez lançados alcançam o seu alvo. Seja cauteloso ou poderá um dia ser sua própria vítima (Navajo).
  7. O bem que fazemos na véspera é o que nos traz felicidade pela manhã (Sioux).
  8. Quando a última árvore for cortada, quando o último rio for poluído, quando o último peixe for pescado, aí sim eles [os ditos civilizados] verão que dinheiro não se come (Sioux).
  9. Pai, ajudai-me a nunca julgar o próximo antes que eu tenha andado sete dias com as suas sandálias (Sioux).
  10. Não basta falar sobre a paz, é preciso pensar, sentir, agir e viver em paz (Shenandoah).
  11. As leis dos homens mudam de acordo com o seu conhecimento e compreensão. Apenas as leis do Espírito permanecem sempre as mesmas (Crow).
  12. Lembrem-se que seus filhos não são sua propriedade, eles foram apenas confiados à sua guarda pelo Grande Espírito (Mohawk).
  13. Não ande atrás de mim, talvez eu não saiba liderar. Não ande na minha frente, talvez eu não queira segui-lo. Ande ao meu lado, para podemos caminhar juntos (Ute).
  14. Quando  compreendemos profundamente a verdade dos nosso corações, saberemos louvar, amar e agradecer ao Grande Espírito (Oglala Sioux).
  15. O que importa se uma vasilha é preta e outra é branca, se o desenho delas é perfeito e servem para a mesma finalidade (Hopi).
  16. Você deve viver sua vida do início até o fim, pois ninguém mais pode fazer isto por você (Hopi).
  17. Todos os homens e mulheres tem um futuro, mas poucos tem um destino (Andino).
  18. A inveja é um cupim que corrói e consome as entranhas do invejoso (Inca).
  19. Se você fala com os animais, eles falarão com você e vocês conhecerão um ao outro (Inca).
  20. Existem três caminhos: o certo, o errado e do coração. O caminho certo nem sempre é o certo. O caminho errado nem sempre é o errado. O caminho do coração é sempre o caminho do coração. Portanto siga seu coração (Inca).
  21. A terra será  o que são os seus homens (Asteca).
  22. Quanto maior o rio, menor ruído ele faz (Tupi).
  23. Um homem pode amar várias mulheres, mas com poucas  brincará (sexo) com plenitude (Tupi-guarani).
  24. Uma mulher pode fazer sexo com muitos homens durante sua vida, porém o seu coração será de um só homem (Tupi-guarani).
  25. Ó Criador do Sol e Trovão! Seja sempre bondoso! Não envelheça-nos! Permita que todas as coisas estejam em paz! Multiplique o povo e provenha-o com comida e permita que todos as coisas frutifiquem (Prece Inca).
(Reunidos, por Guido Lang, a partir de livros e sites variados)


Crédito da imagem: http://www.avidabloga.com/

quarta-feira, 13 de abril de 2016

Os dons da terra


Um forasteiro achegou-se numa localidade, quando iniciava uma estranha conversa de tesouros enterrados. Os moradores entreolharam-se com estranheza, porém não deixaram de ouvir as histórias e relatos de riquezas, que assumiram uma espécie de profecia. Alguns ouvintes passaram a dar maior atenção aos detalhes do seu patrimônio imobiliário, quando faziam suas andanças pela terra. Uns logo pensaram desenterrar velhas reservas numerárias, que, nalgum passado tivessem sido escondidas.
O tempo, na sua perene passagem, revelou-lhes o significado das palavras do profeta. Este, através de metáforas, quis explanar: uma área mantinha-se rica em saibro; alguma, lá adiante, abrigava uma valiosa argila (própria à olaria); outra escondia uma excepcional pedra-grês à construção; pedaço mais via-se tomado pela areia... O subsolo escondia uma imensa riqueza que, durante gerações, passou despercebido como possibilidade de ganho. Inúmeras famílias mantinham-se assentadas numa mina de ouro, todavia as condições e a época impossibilitavam a exploração. O tesouro, na prática, são os dons, que cada lugarzinho esconde para um empreendimento inovador.
As pessoas, em matéria de tesouro, direcionam os pensamentos ao numerário metálico, quando a riqueza consiste nas aptidões e virtudes. A mãe natureza oferece-nos inúmeros dons, que nem sempre conhecemos a contento.

Guido Lang
Jornal O Eco do Tirol, p.03, número 34
12 de agosto de 2005

Crédito da imagem: http://mariodoido.blogspot.com.br/2012/05/cachoeira.html

terça-feira, 12 de abril de 2016

Prenúncios da Sorte


A sorte todos almejam e procuram nesta vida! Certos sinais parecem anteceder essa crença. Ela, no meio colonial, manifesta-se por singelos sinais. Os fatos, na casualidade, sucedem-se em meio às inúmeras tarefas do cotidiano. Alguém cedo repara e diz: “prenúncio de sorte”, “alguma boa notícia será comunicada”, “dinheiro forrando o poncho”, “necessidade de jogar no bicho ou loteria”...
Os coloniais, no passado, mantinham suas plantações de alfafais. Ela, a alfafa, como feno ou pasto verde, mantinha-se num trato excepcional. Ela, ceifada com foice ou gadanho, era periodicamente cortada e carregada para o trato. Sucedia-se, em meio à colheita, um achado especial. Relacionava-se a alguma folha de quatro ou cinco pontas. Esta era recolhida com esmero e levado para casa. A tarefa consistia em secá-la e armazená-la no interior de algum livro. Uma espécie de marcador de páginas e podia ficar guardado por anos. A sorte ostentava-se armazenada/resguardada, no contexto familiar, em meio ao somatório da produção científica/intelectual humana.
Algo idêntico acontecia com o trevo. Ele era uma pastagem de inverno (época de carência de forragens verdes). Os coloniais tratavam de cortar balaios/carroçadas e carregá-los ao estábulo (como trato às vacas) O pasto era administrado no momento específico da ordenha. Os animais, em meio à comilança, acalmarem-se para serem ordenhadas. Achava-se, num espaço muito fértil, esporádicas folhas quatro pontas (norma é três). Extraía-se, como estratagema da sorte, para guardá-lo como relíquia (nalguma publicação). Secava e deixava-se armazenado por meses/anos. O leitor, nalgum momento, revisava o livro e deparava-se com a excepcionalidade. Ótimas reminiscências, desta especial época da vida, advinham à mente.
Outro prenúncio da sorte ligava-se aos pássaros da sorte. Estes, como beija-flores, coiviras, joão-de-barros, tico-ticos, eram os alvos. Entravam casa adentro dos moradores. Ficam desnorteados, por uns bons momentos, até localizar alguma janela ou porta (de saída). Os coloniais encarram o fato como sinônimo da uma crendice de sorte. Acreditam receber boas notícias (familiares e financeiras). Estes cuidam costumeiramente dos gatos (com razão de não apanhar a ingênua vítima desnorteada). Uma realidade muito comum na primavera (na proporção de procurarem/vasculharem lugares para ninhos). As crianças, no interior da chácaras/propriedades, cedo aprendem o significado desse desvio de rota. Passam gerações, vêm gerações e a crendice perpetua-se (no seio das famílias rurais).
Os sinais, com algum trabalho, reforçam os bens estares dos moradores. Muitos não podem ostentar maiores dividendos (monetários), porém revelam-se riquíssimos na alegria, felicidade, harmonia, saúde, paz... O ambiente, em meio ao ar puro, silêncio e tranquilidade, favorecem essa sorte. O indivíduo, “dono do próprio nariz e tempo”, ostenta uma dádiva/riqueza ímpar (comparado aos ambientes maçantes das excessivas aglomerações humanas). Precisa, a cada dia, dar suas graças (elevando as mão na direção do céu) pelas dádivas divinas recebidas.
Certas crenças elevam a moral e os sentimentos de felicidade. Colhemos aquilo que plantamos na seara da existência. Aquilo que bem faz, nunca convém renegar. Inúmeras crenças e crendices norteiam nossas ações e pensamentos. Melhor ostentar alguma fé do que mostrar-se cético e desesperançoso.

Guido Lang
Livro “História das Colônias”
(Literatura Colonial Teuto-brasileira)

Crédito da imagem: www.baixaki,com.br

domingo, 3 de abril de 2016

Sabedoria colonial


     Um conhecimento, entre matas e roças, após décadas de colonização, formou-se no meio teuto-brasileiro. Este, a partir da tradição oral, vê-se postergado pela fala do dialeto (Hunsrücker). Podemos, entre muitos outros, mencionar estes ditos e pensamentos (numa tradução literal ao português):

01. O favor não se paga, presta-se a outrem.
02. Todos os homens tem defeito, porém alguns tem demais.
03. A pessoa nunca se livra da sua origem, que é essencial a identidade.
04. Quem escolhe demais, acaba escolhendo errado.
05. O pior cego é aquele que tem olhos e não enxerga.
06. Os animais atraía-se com comida; os humanos com dinheiro.
07. Muita honraria e bolsos vazios.
08. O que não é para escutar; acaba se escutando.
09. Clássico futebolístico amador não tem favorito.
10. Fofoca só existe porque alguém fala e outros escutam.
11. Alguns não valem o feijão que comem.
12. Quem muito promete, pouco faz ou pior.
13. Alguns vendem-se por muito pouco.
14. Existe louco para tudo neste mundo.
15. Está para nascer aquele que agrada a todos.
16. Não existe nenhuma espécie, que, por alguma razão, não seja útil.
17. Há qualquer um cabe-nos desejar ricas bênçãos divinas.
18. Vizinhos bons e fiéis são coisa rara nas colônias.
19. As boas colheitas provocam calamidades tão grandes quanto as más.
20. Os camundongos se pegam com toucinho.
21. O bom jogador joga de qualquer jeito.
22. O dinheiro enfeitiça a todo mundo.
23. O que não se sabe não nos esquenta.
24. O segredo de uma boa construção está nos alicerces.
25. O exemplo fala por mil palavras, por isso pratique-o.
26. Quem não tem estudo, precisa saber das tarefas práticas.
27. As singelas realizações tradicionalmente deixam nossa marca.
28. Os boatos ostentam um fundo de verdade.
29. Toda árvore mostra-se elegante.
30. Quem não valoriza o pouco; não merece o muito.
31. O bom Deus ajuda a quem se ajuda.
32. Pés de galinha nunca matam pintinhos.
33. Quem trabalha durante o dia, não tem como madrugar a noite.
34. Quanto mais velho, menos pode-se com o barulho.
35. O capricho faz crescer mais os animais e plantas do dono.
36. Quem se suja com o pouco; imagina como se lambuzará com o muito?
37. O indivíduo não deixa de comer, por isso, não pode deixar de trabalhar.
38. Os imbecis acham-se muitíssimo especiais e espertos.
39. Os bois amanciados são os mais cangados do potreiro.
40. Alemoa sem flores pela casa/pátio assemelha-se a mulher sem marido.
41. Quem deita com a faca na cintura, boa gente não é.
42. O velho, na natureza, precisa ceder espaço ao novo.
43. O colono esperto não cultiva tudo na mesma época e lavoura.
44. Nada melhor do que um dia após o outro.
45. Cada dono com seus reais artefatos/ferramentas. 
46. Casa sem criança é residência vazia!
47. Quem gosta de árvores e livros, mostra-se pessoa sábia.
48. Quem estuda ganha o dinheiro mais fácil.
49. A cigarra canta e o calor alevanta.
50. O que está inserido na cabeça da pessoa não muda.
51. A minha luta de ontem é a vitória do hoje.
52. Não se empresta o que não é da gente.
53. Criticar é sempre bem mais fácil do que melhorar.
54. Mão que economiza é boca que não pede.
55. As mulheres sempre tem algo a reclamar dos maridos.
56. Água e Sol em excesso deixam as pessoas cansadas.
57. O solo é o maior patrimônio do colono.
58. O laborioso procura sempre fazer o trabalho deslanchar.
59. O miar do gato diz o lugar da habitação do rato. 
60. Em agosto, qualquer galinha choca põem ovo.
61. O que a massa não preenche, o prego não prende, a pintura cobre!
62. Queres manter tua cultura, cerca-te da tua gente!
63. Não tem nada maior do que para enganar-se como com as pessoas!
64. Um gole d’água, para o sedento, faz muita diferença.
65. O olhar dos pais, na educação tradicional, dizia a obrigação dos filhos.
66. Os humanos, contra as adversidades e rigores da natureza, nada ou pouco podem fazer.
67. Cada qual precisa encontrar comida a sua mesa!

Guido Lang
Anexos das “Histórias das Colônias”

Crédito da imagem: http://zh.clicrbs.com.br/rs/vida-e-estilo/noticia/2013/05/conviva-com-o-passado-em-picada-cafe-4137526.html

Pensamentos de Wolfgang von Goethe


1. "Não chegamos a conhecer as pessoas quando elas vêm a nossa casa; devemos ir a casa delas para ver como são".
Goethe 

2. "Não devemos moldar os filhos de acordo com os nossos sentimentos; devemos tê-los e amá-los do modo como nos foram dados por Deus". 
Goethe 

3. "Não existe meio mais seguro para fugir do mundo do que a arte, e não há forma mais segura de se unir a ele do que a arte". 
Goethe 

4. "Não há maior consolação para a mediocridade do que o fato de o gênio não ser imortal".
Goethe 

5. "Não se possui o que não se compreende". 
Goethe 

            6. "O amor e o desejo são as asas do espírito das grandes façanhas". 
Goethe 

7. "O belo é uma manifestação de leis secretas da natureza, que, se não se revelassem a nós por meio do belo, permaneceriam eternamente ocultas". 
Goethe 

8. "O declínio da literatura indica o declínio de uma nação". 
Goethe

9. "O desejo pela juventude é o sobejo da velhice". 
Goethe

10. "O dever: gostar daquilo que prescrevemos a nós próprios". 
Goethe 

11. "O erro só é bom enquanto somos jovens. À medida que avançamos na idade, não convém que o arrastemos atrás de nós". 
Goethe 

12. "O gênio, esse poder que deslumbra os olhos humanos, não é outra coisa senão a perseverança bem disfarçada". 
Goethe

13. "O homem deseja tantas coisas, e no entanto precisa de tão pouco". 
Goethe 

Wolfgang von Goethe (1749-1832)

Crédito da imagem: http://www.romankrznaric.com