O Vale dos Sinos, em
25 de julho de 1825, começou a tornar-se a terra anunciada para um conjugado de
peregrinos. Os pioneiros, em meio ao embalo das águas do curso fluvial (na analogia
do habitual Rio Reno), iam-se achegando as paragens. As canoas, caíques e
lanchões, na elevação do Rio dos Sinos, foram introduzindo as famílias dos
aventureiros.
A atividade, no
dilema dos lotes, consistiu em abrir picadas, derrocar matas, disseminar
lavouras... A exuberância, na floresta, chamou deveras admiração e preocupação.
O risonho chão, na abundância dos férteis solos, ocultava as fortunas. Os persistentes
afazeres, na falta da trégua no sol a sol, permitiram a obra da fartura de
artigos.
O fecundo sucesso, em
originais moldes, permitiu a geração de riquezas. A agricultura minifundiária
de subsistência, nas competentes propriedades, viu-se inserida em terras meridionais.
A labuta, no braçal e familiar, viu-se encarada na ação de decência e soberba.
O Vale da Promissão, em escassos anos e sucessão dos séculos, tornou-se Vale da
Abastança.
Os solos, no deitado dos
séculos em berços esplêndidos, conheceram proveito e revolução. Os banhados,
campos e encostas, cobertas do ativo cerrado, viram-se tomadas por lavouras, pomares,
potreiros... As principiantes linhas, na associação colonial, pipocaram
cemitérios, escolas, igreja, residências... A mão humana instituíra esplendor e
prodígios.
As chaminés, de alteradas
resoluções, insistiram em pipocar em cantos e recantos dos lugarejos. As
atafonas, curtumes, ferrarias, moinhos, selarias, serrarias, na amostra, adentraram
a dinamicidade econômica. As módicas iniciativas, no decurso das gerações, disseminaram
os esteios do ativo e imponente parque industrial.
O marco, no preito ao
trabalho, tornou-se alusão e narrativa. A gama de produtos, na fabricação
industrial, difunde-se aos quadrantes. Novos vales, no modelo do Caí, Paranhana
e Taquari/RS, foram desbravados nas proles ulteriores. As prestigiadas estirpes,
na descendência dos desbravadores, nutrem obrigações da continuação da benzida obra.
(Guido Lang, Fragmentos da História
Colonial, Ano de 2015).
Crédito da imagem: http://palavradoavivamento.blogspot.com.br/
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