O riacho, no fluxo da
linha da Boa Vista Fundos/Teutônia/RS, delineia andanças e narrações. O trajeto,
em beirados seis quilômetros de extensão, inicia nas encostas dos Morros da
Bela Vista e Catarina. A água, em baixadas e nascentes, brota confortante no meio
das matas e roças. As propriedades, na direção leste - oeste, viram-se
instituídas na ascensão das demarcações nos primórdios da conquista (1858 a 1872).
A animália, na criação e fauna, acerta no acesso ao indispensável e precioso fluido.
A mão humana, no parco tempo da instalação (lotes), instituíra modificações no
panorama da selva pluvial subtropical.
Os cardumes, nas poças
d’água, faziam contínua alegria e folia dos residentes. Os habitantes, em inventados
banhistas e pescadores, visitavam beiras e canal. A gurizada, no sabor das
folgas, esquadrinhava os filetes e reservatórios do regato. Os espaços aprofundados,
em cacimbas, eram abundantes e variados em espécies. Os apreciadores, em exóticas
carnes, trataram de contrair os graúdos entes. Os relatos, na mostra exagerada
das mãos, caem de unidades de beirados de quilos. A história de quem conta um
conto aumenta um ponto. Os balneários, em dias infernais de calor, faziam alacridades
e brincadeiras das meninadas.
As espécies, em protótipos
de cascudos, joaninhas, lambaris, jundiás e muçuns, advinham no exacerbado cômputo.
O ambiente característico, em máximo volume, incidia na ponte da estrada geral.
Os arranjados pescadores, nos lugares exclusivos, conheciam os espaços das
coletas. Alguns, em balaios e sacos, ensejavam
parciais arrastões. A natureza, na amplitude dos nutrientes, tratava no escasso
tempo de recompor populações. Os açudes, no alastrado das propriedades,
trataram de introduzir carpas, prateadas e traíras. Os aguaceiros, na egressão
das águas, faziam unidades safar-se das barragens e represas.
A modernidade, no
advento da colocação de saibro (na estrada de chão batido) e uso desenfreado de
agrotóxicos nas lavouras, minaram abastança e variedade. As antigas banais
poças, no leito, acabaram aterradas e suprimidas. Os viveiros, nos difundidos
aquários, advieram em pérolas. As águas, na descida dos cerros, incidem
poluídas em tóxicos e urinas. Os parcos peixes, em especiais cascudos e lambaris,
descrevem nostalgias dos tempos de antigamente. As tecnologias, na larga
produção no ativo das diminutas áreas dos domínios, advêm na danificação. Os rejuvenescidos,
nas beiradas, incidem em matagal e silvicultura.
O curso, no epílogo
das trompas d’água dos aclives, descreve histórias de enchentes. O leito maior,
em minutos, apresenta acentuados volumes e submergem margens. Os amontoados, em
folhas, galhos e madeiras, tomam direção do Arroio Boa Vista (afluente do Rio
Taquari). A fúria, na semelhança de decurso de rio, faz reocupar aterrado leito.
O avermelhado, na coloração das águas, dá origem ao título. O curioso, no
conjunto dos solos de massapê, flui na bizarra tonalidade. A fragrância, na
massiva putrefação (dejetos vegetais), oferecia alcunha de Arroio Fedorento. A
ocorrência, na baixa vazão, advém na seca de verão.
O patrimônio
ambiental, no anexo do pacato lugarejo, seguirá alistando pitorescos contos. Arroio
Vermelho, no decurso do tempo, segue famosa sina entre regatos. A consciência humana,
no unido das gentes, redimensionará desventuras e reavaliará valor.
(Fonte: Guido Lang, novembro/2015, observação:
residente nas cercanias).
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