Guido Lang
Os motociclos (motos) foram importados nos primórdios dos anos sessenta pelas colônias teutonienses. A marca Jawa, originária da Tchecoslováquia (atuais República Tcheca e Eslováquia), era a grande novidade tecnológica nas estradas de chão batido, que iam conhecendo uma revolução nos transportes.
A introdução de automóveis, caminhões e motociclos foi suplantando o tradicional transporte equino, que tinha cumprido sua função histórica. Unicamente os colonos mais afortunados podiam dar-se o luxo e o privilégio de adquirir os primeiros veículos automotores, que eram vistos como símbolos de modernização e progresso. Os esporádicos proprietários eram muitíssimo admirados e invejados em função do status econômico, porque poucos davam-se o direito de investir uma pequena fortuna pessoal na compra de uma motocicleta.
Os primeiros acidentes também tomaram forma “nestes cavalos sobre rodas”, que corriam e exigiam equilíbrio. As habilidades na direção necessitavam de prática, no que os potreiros eram os ambientes propícios para exercitar os exames preliminares de direção.
Os motociclistas, cedo ou tarde, envolviam-se em acidentes, pois não faltavam areia, barro, buracos ou pedregulhos “para levar uns bons tombos”.
A indumentária de proteção era desconhecida para os motoristas. Capacete, luvas, roupas de couro, foram ignorados até pelas normas elementares de trânsito. Unicamente a baixa velocidade evitou maiores tragédias que pudessem ter roubado vidas humanas. A precariedade das estradas impedia o desenvolvimento de maiores velocidades, que, no máximo, chegavam aos 60 km horários. O transporte de caroneiros e mercadorias, em função do peso, eram também empecilhos para corridas mais velozes.
Um motociclista, num belo dia, resolveu passear com sua amada esposa. O passeio foi até a vila próxima, pois o casal almejava apresentar o veículo recém adquirido. Os amigos, conhecidos e vizinhos admiravam e falavam sobre os recém motorizados. O piloto, com o maior orgulho e sem muita habilidade na direção, passeou pelo vilarejo e sua senhora “estufava o peito e empinava o nariz”. A caroneira, “num imenso grau”, nem se segurou e, numa distração, voou do motociclo e sentou-se em meio a estrada da vila. O esposo passou por um buraco e o assento escapou do traseiro da mulher. Os pedestres encheram-se de comentários e gargalhadas porque “o querer mostrar-se é uma virtude dos imbecis”.
A humildade e a simplicidade precisam ser cultivadas em todos os nossos atos diários.
A introdução de automóveis, caminhões e motociclos foi suplantando o tradicional transporte equino, que tinha cumprido sua função histórica. Unicamente os colonos mais afortunados podiam dar-se o luxo e o privilégio de adquirir os primeiros veículos automotores, que eram vistos como símbolos de modernização e progresso. Os esporádicos proprietários eram muitíssimo admirados e invejados em função do status econômico, porque poucos davam-se o direito de investir uma pequena fortuna pessoal na compra de uma motocicleta.
Os primeiros acidentes também tomaram forma “nestes cavalos sobre rodas”, que corriam e exigiam equilíbrio. As habilidades na direção necessitavam de prática, no que os potreiros eram os ambientes propícios para exercitar os exames preliminares de direção.
Os motociclistas, cedo ou tarde, envolviam-se em acidentes, pois não faltavam areia, barro, buracos ou pedregulhos “para levar uns bons tombos”.
A indumentária de proteção era desconhecida para os motoristas. Capacete, luvas, roupas de couro, foram ignorados até pelas normas elementares de trânsito. Unicamente a baixa velocidade evitou maiores tragédias que pudessem ter roubado vidas humanas. A precariedade das estradas impedia o desenvolvimento de maiores velocidades, que, no máximo, chegavam aos 60 km horários. O transporte de caroneiros e mercadorias, em função do peso, eram também empecilhos para corridas mais velozes.
Um motociclista, num belo dia, resolveu passear com sua amada esposa. O passeio foi até a vila próxima, pois o casal almejava apresentar o veículo recém adquirido. Os amigos, conhecidos e vizinhos admiravam e falavam sobre os recém motorizados. O piloto, com o maior orgulho e sem muita habilidade na direção, passeou pelo vilarejo e sua senhora “estufava o peito e empinava o nariz”. A caroneira, “num imenso grau”, nem se segurou e, numa distração, voou do motociclo e sentou-se em meio a estrada da vila. O esposo passou por um buraco e o assento escapou do traseiro da mulher. Os pedestres encheram-se de comentários e gargalhadas porque “o querer mostrar-se é uma virtude dos imbecis”.
A humildade e a simplicidade precisam ser cultivadas em todos os nossos atos diários.
* Fonte: Disponível no livro "OS COLONIZADORES DA COLÔNIA TEUTÔNIA: COLETÂNEA DE TEXTOS", de Guido Lang.
* Postagem: Júlio César Lang.
* PROIBIDA A REPRODUÇÃO INTEGRAL OU PARCIAL DO TEXTO SEM A MENÇÃO DA REFERIDA FONTE (LEI Nº 9.610, DE 19 DE FEVEREIRO DE 1998).
* Sugestões de páginas de leitura:
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