quinta-feira, 31 de janeiro de 2019

O dom da palavra

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Aquele guri, filho das colônias, mantinha algo de diverso do tradicional da gurizada. Este, na ímpar vocação, possuía o carisma de chamar e prender atenção!
O rebento, de humilde e retirada família, convivia com dificuldades e necessidades. A alimentação havia na essência. O dinheiro via-se na carência. O jeito foi adequar-se a situação!
Os pedidos, da alheia cortesia e gentileza, tornaram-se marcante realidade. O exemplo, entre inúmeros empecilhos, consistia em achegar-se e deslocar-se às cidades!
As caronas, de eventuais e ocasionais condutores, transcorriam com carroceiros, leiteiros, taxistas e tratoristas. O menino, entre o pessoal, absorvia atenção e compaixão!
O fulano, no desfecho das histórias, ostentava a ímpar e nobre palavra. O comportamento, numa aparente deseducação, sucedia-se entre crianças, jovens e idosos!
O tempo, como líder nato, revelaram a profissão e vocação. A política, por gestões, conduziu ao mando da cidade. Um prefeito carismático e ousado chefe partidário!
O indivíduo, nalguma atividade, vê-se como destaque e expressão. A esperteza e inteligência consistem em conciliar conhecimento e habilidade com o “ganha pão”!
A vocação, no sublime dom, salta aos atentos e entendidos olhos. O cidadão, em quaisquer circunstâncias, pode jamais negligenciar ou subestimar a alheia capacidade!

Guido Lang
“Crônicas das Vivências”

Crédito da imagem: www.prmarcoramos.blogspot.com

O divino detalhe

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Deus! Todo Poderoso, pela tradição oral, precisou tomar uma atitude radical. Este, diante do desleixo, certificou-se da necessidade de implantar a eficiência na criação humana!
Ele, aos órgãos das necessidades vitais, procurou afixar de forma segura e sólida. Os descuidos e esquecimentos, de muitos espertos, acabariam numa tremenda briga e confusão!
O mau exemplo serviu de inspiração ao radical procedimento. Um singelo exemplo, da imprópria conduta, o conscientizou da necessidade de precaução e solução!
Um malandro, no início da divina obra, ousou atender e satisfazer as necessidades fisiológicas. Este, a própria surpresa, havia esquecido do órgão genital e traseiro à tarefa!
A alternativa, em meio ao desespero como solução, foi querer emprestar o alheio. Os amigos e conhecidos, na correria e pressa, foram requisitados como quebra galho!
Eles, no constrangimento, negaram-se prontamente aos empréstimos. Os apuros e urgências foram intensos. O desleixado, numa próxima, aprendeu em não esquecer o básico!
A solução, como resguardo, consiste em afixar e prender. O cidadão, junto ao patrimônio, convém precaver e zelar. Os empréstimos resultam em desconfianças e falatórios!
O indivíduo, na filosofia do descuido, vive continuamente arrumando e labutando! “Os rabos de foguete”, para certos relapsos, ensinam unicamente as duras lições de vida!
Os pedidos, da alheia cedência, ostentam-se impróprias solicitações. Onde todos mandam e usam, poucos zelam pela conservação e preservação!

                                                                             Guido Lang
 “Contos do Cotidiano das Vivências”

Crédito da imagem: http://comunhao.com.br

quinta-feira, 24 de janeiro de 2019

A lição de economia

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A fulana, com papel de mãe e pai, ensinou economia às filhas. Elas, como experiência, ganharam as singelas mesadas. O objetivo consistia em assimilar os fundamentos financeiros!
Os parcos valores, angariados a duras penas, precisaram de racionalização na administração. As estipuladas quantias, no início dos meses, viam-se destinadas aos gastos pessoais!  
A recomendação, sob a ameaça de corte, consistia em fazer apontamentos. Cada dispêndio era anotado e mostrado a genitora. A contabilidade via-se sinônimo de eficiência!
A sabedoria, uma vez comprovada, aboliu a inicial fiscalização. O controle, num dos principais ensinamentos maternos, tornou-se aprendizagem nobre à existência!
Os registros levaram aos moderados gastos. O dinheiro, ganhado no duro esforço e suado trabalho assalariado, necessitava render. O pouco assumia ares de multiplicação!
O patrimônio, em anos e décadas, avolumou-se em mãos familiares. O flagelo, das contadas moedas, serviu de exemplo para afastar o temor das carências e pobreza!
Alguns procedimentos, na hora da aplicação, doem no coração. O tempo revela o acerto ou desacerto dos ensinamentos! Os pais precisam ostentar o discernimento!
O princípio básico, no capitalismo, obriga a racional administração dos recursos financeiros. A tradição familiar, através dos exemplos práticos, costuma ser a principal escola monetária!

                                                                         Guido Lang
“Contos do Cotidiano das Vivências”

Crédito da imagem: https://www.consul.com.br

A nobre lição

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O nível de instrução e informação via-se escasso nas colônias. Os moradores preocupavam-se em trabalhar. As dificuldades de sobrevivência exigiam produção!
O estudo e informação, em função do dinheiro e da distância, encontravam-se limitados. Um morador, no passeio nas localidades circunvizinhas, inventou alguma ímpar conversa!
O objetivo, como desunião e satisfação, consistia em agitar e intrigar as vizinhanças. O camarada, a título de outras histórias, largou conversa do beltrano ostentar caso com sicrana!
As partes, com constituídas famílias e filhos, foram denegridas na imagem. Alguma eventual infidelidade feminina via-se como briga familiar e vergonha aos rebentos!
A mentira, antes do imaginado, achegou-se aos respectivos ouvidos. Os herdeiros, como impróprio, pediram explicação e satisfação ao ousado e tradicional encrenqueiro!
Este, dos jovens filhos da difamada mãe, apanhou em público na primeira oportunidade. A finalidade, ao idoso e tarimbado senhor, consistiu em ensinar uma bela e nobre lição de vida!
Vários, vítimas de fofocas e mentiras, torceram no reforço da boa surra. Amigos apartaram com razão de evitar alguma tragédia maior! Alguém falou da alheia mãe, ofendeu!
Algumas estórias e expressões carregam velado veneno. As ações e preocupações, no seio comunitário, precisam versar em unir os moradores e jamais intrigar as pessoas!

                                                                Guido Lang
 “Contos do Cotidiano das Vivências”
Obs.: História narrada pelo professor Benno Michel/Pontes Filho/Teutônia/RS.

Crédito da imagem: http://marcusmarques.com.br

Imagem meramente ilustrativa.

quinta-feira, 17 de janeiro de 2019

O oásis colonial

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O cidadão, na tenra idade, foi criado nas colônias. Este, depois de décadas de trabalho na construção civil, aposentou-se da dura sina. O destino, para velhice, foi residir numa praia!
Há algumas centenas de metros instalou-se do mar. A família adquiriu alguma inóspita área. As melhorias, em poucos meses, transformaram o adverso cenário dos terrenos!
Um ocupado com moradia, jardim e pomar! Outro no cultivo das plantas. Os naturais, em função da comum maresia e estéril solo, diziam ser perda de tempo insistir em plantações!
O construtor, com singelo muro, improvisou proteção. O solo arenoso, com reforço em matéria orgânica, viu-se vigorado. As culturas, num oásis, passaram a crescer e frutificar!
Abóbora, aipim, batata, cebola, chuchu, melancia, pimentão, tomate, temperos, vargem produziam de forma abundante. O milagre instalou-se no modesto balneário!
Os visitantes, na milagrosa lavoura, admiravam-se da abundância e variedades de espécies. O exemplo mostrou-se ensaio para outros ousados empreendedores e inovadores!
O conhecimento e trabalho, através das milagrosas mãos, instalaram a revolução! O consumo, de artigos alheios aos agrotóxicos, “ganharam coragem e sabor na degustação”!
O indivíduo, em terras brasileiras, “plantando sempre dá”. A natureza ostenta-se generosa e milagrosa para quem dispensa atenção e trabalho!
                                                                                 
Guido Lang
“Contos do Cotidiano das Vivências”

Crédito da imagem: https://br.freepik.com

O esplêndido dia

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O amigo, numa curta e rápida viagem, mantém uma singela conversa com o vizinho. O tema, na improvisada conversa, relaciona-se às condições e previsões meteorológicas do dia!
O cidadão, senhor tarimbado no tempo, proferiu excepcional fala. Este, a partir da sacada, efetuou ímpares gestos e inesquecíveis palavras. O ato salientou-se pelo exagero!
A síntese, no geral, consistiu: “- O dia promete ser esplêndido. O melhor dos últimos tempos. O sorridente sol promete abençoar os inúmeros ambientes e gentes!”
O viajante, no retorno, deparou-se com ímpar movimentação. A moradia do beltrano viu-se tomada de gente. A pergunta, de imediato, relacionou-se a razão da anormalidade!
A chocante notícia, de fazer cair o queixo, foi repassada. O ímpar dia, num ataque fulminante, havia ceifado a existência. O camarada, no caixão, via-se no local em pleno velório!
A excepcional alegria, sem precedentes, seria prenúncio da derradeira partida? Assemelhados exemplos, em momentos finais, descrevem idêntica satisfação de espírito!
A imprevista partida, no assombro e dor dos familiares, assemelha-se a transformação de estado. Uns, pela grandiosidade e bondade d’alma, recebem antecipadas chamadas!
A morte, como sutil sombra, esconde-se na encruzilhada das vivências. Os enigmas, entre o céu e a terra, desafiam ciência e racionalidade!
                                 
                                       Guido Lang
“Contos do Cotidiano das Vivências”

Crédito da imagem: https://www.elo7.com.br