Os antigos, na circunstância das colônias, nutriam curioso palavreado. O alegórico sentido, na expressão vulgar (dialeto Hunsrück), caía no feitio das ressaltadas barrigas. Os varões, na acentuada pança, acudiam no vulgo de “barriga de melancia” (na atual designação cai em “barril de chope”). As mulheres, na extensão de expansões/gravidez, largueavam entranhas. O pejorativo, na “calúnia de bastidor”, sucedia na “ingestão de mandioca brava” (aipim xucro). As grávidas, no presente, acorrem na atribuição chula de “prenhas”. A migração campo-cidade, na afluência de mutações de épocas e gerações, regeu na proscrição dos termos. As memórias, na extinção das envelhecidas ascendências, conservam-se ativas (apenas nos recantos das linhas). A capacidade, na imputação das expressões, expõe ciências e cosmovisões. As gerações, nos ambientes e experiências, transcursam em sabedorias. A linguagem, nas entrelinhas do informal, transcorre na baixa abordagem da bibliografia.
Guido Lang
“Histórias das Colônias”
Crédito da imagem: https://largodoscorreios.wordpress.com/
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