A habitante, no silêncio da noite, tomou os rumos da estrada. A mudança, na migração campo-cidade, mostrou-se apressada e repentina. Os parentes e vizinhos, na surpresa, ficaram atônicos no comportamento. A realidade, no usual dos moradores das colônias, transcorre na limpidez do tempo. A evasão, no escamoteado, descreveu duvidosa e escusa índole. Os artigos, em variados conjuntos, acabaram extraídos e levados. A discrição, no excessivo procedimento, esconde escusos negócios. As pessoas, na elegância e integridade, procedem no feitio aberto e cristalino. A sicrana, na enviuvada senhora, ratificou encanecida suspeição. A cobiça, no consumo do desatento suor, sobrevinha na obsessão e riqueza. O caráter, em romper contrato, retificou-se na envelhecida suspeita. Os estranhos, na explanação do transcorrido, pareciam escutar lorota. Definidos tolos, na insignificância, costumam emporcalhar brioso sobrenome. As pessoas, no tempo, revelam caráter.
Guido Lang
“Histórias das Colônias”
“Histórias das Colônias”
Crédito da imagem: https://eagoradezoito.wordpress.com
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