sábado, 28 de maio de 2016

A invasão dos brutos

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O lavrador, nas andanças do domínio, reparou anomalia e milagre. As bergamotas e laranjas, no alastrado do bosque, assistiram-se roídas na ímpar agilidade e fartura. Os ares ternos, no exagero, perpassavam na arte. Os caminhos, no espesso das trilhas, eram tomados de rejeitadas cascas e pomos. A raridade, na proeza, adveio na apuração da autoria. A surpresa, na invasão de farto bando, calhou em desaforados símios. Os macacos, em mico leões, haviam sido extintos na conquista. Os estragos, nos plantios, induziram ao artifício. O reflorestamento, na abdicação de extensões agrícolas (em encostas e minifúndios), seduziu no chamarisco. A convivência, entre brutos e lógicos, retoma original dificuldade. Os grupos, no imaturo, arruínam e danificam quaisquer itens. Os animais, na dor da fome, invadem gama de espaços. A prudência, no afastar, calha em largar foguetes e rojões. A natureza, na dimensão das condições, repõem aparentes extintos e recursos.

Guido Lang
“Histórias das Colônias”

Crédito da imagem: http://www.micoleao.org.br/

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