A
memória colonial ostenta uma explicação com relação à origem do nome de
Estrela. A municipalidade, de 1876-1983, foi município mãe de Teutônia e
Westfália, quando era muito conhecida pelo espírito de trabalho e índices de
alfabetização. Inúmeros teutonienses, com relação à naturalidade, nasceram
nesta próspera comunidade, quando, no período escolar e seio familiar,
escutavam o relato.
Os
europeus, na sua empreitada de europeizar o continente americano e extrair
riquezas, foram incursionando interior adentro. Estes, de maneira geral,
valiam-se dos nativos catequizados ou civilizados com razão de orientá-los nos
campos e florestas. Os rios eram os caminhos naturais, que levavam e traziam os
desbravadores e caçadores (de índios e metais).
A
tradição oral narra-nos que um punhado de europeus, num belo dia, lançou-se aos
rios da bacia do Jacuí. Estes, por dias ou semanas, defrontaram-se com os
rigores das chuvas de inverno, quando a carência de sol e excesso de umidade
importunavam as pacatas almas. Estes pioneiros, na subida do curso do Taquari,
defrontaram-se com céu nublado, quando um barqueiro, numa altura próxima a
atual localização de Estrela (margem direita), visualizou um clarão de luz.
Este, no instinto de alegria e satisfação, teria gritado: “– Olha lá! Uma
Estrela.” Os companheiros advieram para presenciar o fato, quando decorreu a
denominação. A curiosidade persiste do feixe de luz ter sido o reflexo do
espelho da água do Taquari, ou mesmo, ser um astro de luz própria.
O
município, com o afluxo posterior dos imigrantes, tornou-se um orgulho de
progresso e trabalho, quando virou referência de colonização em terras
americanas. Possui uma denominação sui
generis, quando comparado aos nomes de origem indígena ou religiosa; uma
luz que irá brilhar por muitos séculos para muitas gerações.
Guido Lang
Jornal O Eco do Tirol, p. 03
Jornal O Eco do Tirol, p. 03
17 de setembro de 2005
Crédito da imagem: http://vanezacomz.blogspot.com.br/
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