A Colônia Teutônia, na
história da privativa companhia colonizadora, conhece a compra das terras (em
quatro e meia léguas quadradas). A obra atribuiu-se a “Empresa Colonizadora
Carlos Schilling, Lothar de la Rue, Jacob Rech, Guilherme Kopp &
Companhia”.
Os apontamentos, nos livros
de notas, surpreendem em outras duas iniciativas no comércio imobiliário. As
três empresas, na época de grande sucesso dos assentamentos, foram instituídas
na capital da província. Os lucros, aos espertos sócios, foram razão das
compras, medições e revendas dos sítios.
A ação elementar foi a
“Empresa Colonizadora Carlos Schilling, Lothar de la Rue, Jacob Rech, Guilherme
Kopp & Companhia”. A firma, em 1861, foi idealizada pelo negociante Carlos
Schilling. O empreendimento adquiriu a maioria do território teutoniense. O
sucesso, em bons lucros, ocorreu em 600 prazos coloniais e 20 linhas.
A “Sociedade Carlos
Arnt e sua mulher Filippina Arnt, Henrique Bier e sua mulher Joaquina Rita Bier
e Luiz Bier”, na acessória, foi responsável pela conquista da picada Neu
Osterreich (Picada Áustria – atual Linha Brasil/Paverama/RS) e restrita área da
Picada Brust/Herrmann (atual Germana Fundos/Teutônia/RS). Arnt, no convite,
instalou colonos advindos da Boêmia (época Império Austro-húngaro/atual Rep.
Tcheca).
Os pioneiros, na
essência, foram Wenzel Reckziegel, Wilhelm Schauring, José Jantsch, Sigismundo
Reckziegel, Estevão Jantsch, Stefano Keil e Josef Tischer. A sociedade foi
constituída em 19/11/1881, tendo como procurador Carlos Arnt (Livro de Notas
03, pág. 31 do 1° Tabelionato de Estrela). O sucesso, no revendo de terras, incitou
seguramente a organização da agência.
A “Sociedade Huch
& Companhia” incumbiu-se de distribuir as terras da extinta Picada Huch
(integrada na Picada Krupp/atual Linha Paissandu/Westfália/RS).
A “Firma Social Huch
& Companhia” encarregou-se mormente da colonização da Picada Arroio Alegre
(ignoro localização atual). O nome Huch seria citação de distinto negociante na
capital. Roberto Paulsen constituiu-se como procurador. Os pioneiros, nas
figuras de Nicolau Auth, Wendelino e João Henemann, foram clientes de prazos.
A colonização,
portanto, careceu de ser obra exclusiva. Os aguçados lucros, no negócio
imobiliário, levaram no provável a constituir as iniciativas. Empresários, na
inércia do estado e inseridos no comércio, contribuíram na devastação da selva
e europeização de linhas (com estirpes teutônicas).
(Guido Lang, Fragmentos da História Colonial, O Informativo de
Teutônia, n° 64, 19/09/1990, pág.
02, texto reescrito).
Crédito da imagem: https://www.versarehoteis.com.br/site/detalhe-cidade.asp?t=hoteis-em-teutonia-rs&idCidade=27
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