segunda-feira, 18 de novembro de 2019

O testemunho das pedras

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Guido Lang

O empreendedor, em empresa de calçamento, executou sensata obra. Ele, no acesso ao pátio do morador, alocou centenas de metros de paralelepípedo. A obra, em acomodar e trazer peças, absorveu enorme custo e esforço. Os caminhões, carregados de basaltos, esparramavam as unidades. O melindroso, em milhares de peças, foi organizar as unidades em fins úteis. O elevado capital, em material inerte, viu-se dispendido. O benefício, em espaço pavimentado, estendeu-se de forma constante e em indefinido tempo. O construtor, em poucos anos posteriores a empleitada, faleceu. O cadáver, em “boa e útil gente”, acabou no pó da terra. O testemunho, em assentadas pedras, mantinha-se firme. O capricho e funcionalidade, em tarefa bem executada, acodia na apreciação do fruto do trabalho. As reminiscências, no vulto do edificador, integravam os relatos orais familiares. A pessoa, no intento de ser imortal, convém em escrever textos ou talhar pedras. Os espertos, no delineado das obras, transcrevem o grau de capricho e intelecto. Os ousados, nas ações invulgares, escrevem lendas nas suas referências.

Livro: Ciências dos antigos

Crédito da imagem: https://perguntas.habitissimo.com.br/

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