Guido Lang
Os vizinhos, no meio urbano, mostram-se indigestos e interesseiros. Estes, em “ares de primitivos”, prestam-se ao convívio e hábitos esdrúxulos. A gritaria, na banal bebedeira e promoções de festanças, sobrevém em rotineira. A vizinhança, em lados e fundos, murou a morada (no intento do distanciamento). Os cercados, em dois metros e meio de altura, instituíram “ares de fortaleza”. O propósito, no provável, consiste em vê-los “distantes das vistas”. O contato, no mínimo, acontece em pedir vantagens. O hábito, no possível, sobrevém em querer levar proveito das proximidades. As pessoas, em exageradas nos procedimentos, assumem conduta de ridículos. Os excessos, em grades e muros, externam “fraquejos na civilidade”. Alguns, em “inconvenientes personagens”, advém na melhor atitude manter distância. Os humanos, em amontoado nos espaços, primam pelo anseio da discrição e isolamento.
Crédito da imagem: http://www.murosorbitelli.com.br/
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