Guido Lang
Ao estudioso convém não acreditar em
estrupícios. No entanto, a natureza esconde muitos enigmas. O sensato ente, no
convívio social, sobrevinha na conduta esdrúxula e reservada. O fulano, por
algum infortúnio, via-se agraciado no estigma. Uma família, na massiva
desconfiança do comportamento do sujeito, deixou “montada arapuca”. Alguma
bebida e comida, em aparência de lavagem, acabaram estiradas propositalmente no
pátio. A sexta-feira, em Lua Cheia, sucedeu na visitação. O consumo, no prato,
conduziu na “armadilha da caneca de água fervida”. O líquido, nas costas e
pelagem, viu-se acertado em cheio. O homem animal, como um raio, esvaziou-se da
paragem. A surpresa, no posterior, recaiu sobre o sensato semelhante. Ele, no
exato lugar das costas e pele, apareceu com queimaduras provocadas pela água. O
cidadão, em excepcionais ocasiões, assumia expressão de monstro. A pelagem, no
disseminado do corpo, reafirmava suposição. Os humanos, por herança, carregam
sinas. As histórias de lobisomem, na tradição oral, são comuns nos interiores.
Livro: Crônicas das Vivências
Crédito da imagem: https://brasilescola.uol.com.br/folclore/lobisomem.htm