domingo, 13 de maio de 2018

O Sétimo Livro de Moisés

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Um enigma encontra-se inserido na tradição oral. Trata-se do livro apócrifo do Sétimo Livro de Moisés, que teria sido trazido por pioneiros. Algumas estirpes, sob a proibição rigorosa da Igreja, o teriam introduzido nas áreas de colonização. Os exemplares, ‘‘escondidos a sete chaves’’ e de ciência restrita de poucos instruídos, estariam ainda resguardados em seios familiares. A versão, em alemão gótico, seria da compreensão de um grupo seleto de livres pensadores. Os apreciadores, em esporádicos, teriam sido vítimas duma praga (que fora lançada possivelmente por religiosos). As famílias, em apreciadores da obra, teriam deturpações psíquicas. Na sua descendência brotariam rebentos lunáticos/transtornados. O fato carece de pesquisa científica assim como de reais achados da publicação, que abrigaria “conteúdos misteriosos”. Este extrapolaria os cinco livros do Pentateuco (Gênesis, Êxodo, Levítico, Números e Deuteronômio), no qual haveria bruxarias e rezas com poderes sobrenaturais. Os parcos exemplares, como curiosidade, estariam em poder de restringidas clãs, enquanto outros viram-se descartados ou incinerados em função de temores. O mistério mantêm-se limitado as conversas informais, porque muitos, com a sua leitura, temem o furor divino.  Uns afirmam ser livro de Deus, enquanto outros o definem como obra do Diabo. 

Guido Lang
Livro: Fragmentos do Passado

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