segunda-feira, 5 de dezembro de 2016

A descomunal cobiça

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O ancião, em velho solteirão, expõe história e índole. A ambição, na capitalização, institui aspectos de ridículo. O sujeito, em duas casas locadas (na cidade), avulta dividendos mensais. A poupança, no banco, soma centena de milhares. Os gastos, em despesas, advêm nos triviais biscoitos (de um e noventa e nove). O artifício, na pretensão do ajuntamento, incide “em não consumir ovos com razão de precisar desperdiçar as cascas”. O indivíduo, em finais de semana, devassa pátios. O intento, na invasão dos bosques e possessões, versa em granjear frutos. Os abacateiros, em amanhados nos largos e roças, advêm na dissimulada inspeção. O cara, na oportunidade, “caça os frutos”. Os itens, na vasta ceifa, conferem-se escoados. O artigo, nas feiras e sacolões, acham ampla aceitação e saliente preço. O colhedor, na “gratuita seara”, presta-se na obtenção da matéria. A ação, no boato (rural), perpassa obscura conduta e índole. As pessoas, na ambição da grana, sujeitam-se ao cômico e roubo.

Guido Lang
“Histórias das Colônias”

Crédito da imagem: http://cabelosderainha.com.br/

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