sexta-feira, 25 de outubro de 2019

Os ares de abençoado

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Guido Lang

A vizinhança, no contexto da localidade, sobrevinha na avaliação da sensata propriedade. O agricultor no instalado do lote assistia-se com ares de agraciado. As mãos profícuas, em canalizadas ao trabalho, pareciam produzir prodígios. Os bisbilhoteiros e curiosos, em tamanha sorte, queriam extrair ciências e vantagens. Ele, no discreto nas tarefas, executava inovações e segredos. Os estercos, nas aves, bovinos e suínos, acorriam aplicados nas plantações. A fertilidade, no abundante solo, fazia crescer os frutos (no adoidado). O indigesto, na fermentação das fezes, sobrevinha em aparência de dádiva divina. Os crescidos, no período da abundante chuva, ganhavam aditivo de adubo, calcário e ureia. Os sortudos, no banal exercitam ações na direção de serem os agraciados. Nos negócios, cabe ao indivíduo aplicar as ciências e manter em segredo os trâmites.

Livro: A Ciência dos Antigos

Crédito da imagem: https://www.renovada12.com.br

O proveito da ocasião

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Guido Lang

O filho das colônias, na folga de domingo (de manhã), aproveitou ocasião. As tarefas, no acumulado do conjunto da casa e pátio, ganharam execução. O intento, em dias da semana, acontece, em subtrair atropelos e encargos. O trabalho profissional, no “ganha pão”, assume mais concentração (nas energias corporais e reflexões mentais). O realizado, no conjunto da propriedade, consiste em colher frutas, cortar lenhas, organizar ambientes, reparar instalações, varrer pátio... A obra, no amiúde, sobrevém em acentuado ganho de tempo. A igreja, em cultos (missas), sucede na frequência ocasional. O convívio familiar, na folga, acontece no ínterim das atividades. As saídas, em eventos, passeios ou viagens, acontecem costumeiramente nas tardes. O trabalhador, na efetiva vocação, vislumbra afazeres em quaisquer ambientes e horas. O capricho e organização, no artificialismo das paisagens, absorvem labor e tempo.

Livro: A Ciência dos Antigos

Crédito da imagem: https://www.tuacasa.com.br

segunda-feira, 21 de outubro de 2019

A realização do sonho

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Guido Lang

A mulher no criado das colônias advinha no pacato sonho. O diminuto terreno, em cidadã rural urbana, devia abrigar especial árvore. O lugar, no gramado e horta, deveria ganhar somatório da jabuticabeira. A planta híbrida, em potencial de produção precoce, precisaria integrar o cenário paisagístico. A dona, na melhoria das finanças, tratou de providenciar exemplar de muda. Ela, no contexto dos viveiros, foi procurada nos “dedos”. A escolhida, no tamanho de aproximados dois metros, foi comprada e enfiada no carro (em reduzido espaço). O transplante, no interior do terreno, ganhou cova especial (em regada no adubo, esterco e terra virgem). O anseio, na antecipada hora, consiste em degustar saborosas frutinhas. O sacrifício, na execução das tarefas, verifica-se oneroso, porém os resultados são doces na apreciação. Uns, em abonados, fazem por merecer os auferidos bens.

Livro: A Ciência dos Antigos

Crédito da imagem: http://em-prosa-e-verso.blogspot.com/2012/09/um-pe-de-jabuticaba.html

A lenda do tesouro

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Guido Lang

A tradição oral, na sucessão das gerações, apregoava lenda do tesouro enterrado. Aquela singela área, nas ativas fontes e exuberância dos solos, abrigava excepcional riqueza. O Criador, na profícua mão, havia derramado bênçãos naquele espaço. O transtornado, em herdeiro da herança, abocanha terra. Ele, na maluquice, passou a cavoucar e abrir buracos nas baixadas e encostas. O ouro ou prata, em vão labor, viram-se procurados no subsolo. O tesouro, na realidade, assistia-se na extrema fertilidade. A terra, no cultivo, sobrevinha propícia ao plantio de hortifrutigranjeiros. As plantações, em abundantes safras, dariam majestosos e saborosos frutos. A farta água e o propício solo permitiriam restrito custo de produção. Os abundantes auferidos, na venda dos artigos, possibilitariam comprar os ambicionados metais. Os ambientes, na ciência e exploração dos potenciais, abrigam excepcionais fortunas. Ao empreendedor convém visualizar potencial e executar ação na exploração.

Livro: A Ciência dos Antigos

Crédito da imagem: https://ultimosegundo.ig.com.br

quarta-feira, 16 de outubro de 2019

A profecia das saracuras


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Guido Lang

A estiagem, no inclemente verão, abatia-se sobre as paragens subtropicais sul-americanas. Os animais sofriam na escassez da alimentação. As plantas acudiam estacionadas na falta da água. Os humanos reclamavam da baixa umidade do ar... As lamúrias, na falta de chuva, acorriam no corriqueiro. As pessoas olhavam aos céus e nada dos “favores de São Pedro”. O sensato ancião, em garimpado nas lidas da lavoura, disse: "- Em três dias chove no abençoado". Os conterrâneos deram aparente gargalhada. A pergunta foi: "- Como tu sabes dos prognósticos do tempo?". A resposta foi: "- As saracuras gritaram fora do horário habitual (na metade da tarde)". O acerto, no terceiro dia, materializou-se. Os animais, na longa experiência no convívio dos ambientes, conhecem tempo pelas oscilações do ar atmosférico. Os humanos, na ciência da natureza, tem muito a aprender com os ditos seres inferiores.

Livro: A Ciência dos Antigos

Crédito da imagem: https://www.wikiaves.com.br/wiki/saracura-do-mato

segunda-feira, 7 de outubro de 2019

O momento sagrado

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Guido Lang

A sensata vovó, em vivente das colônias, convive no dilema dos filhos e netos. Estes, nas excepcionais reuniões familiares, assentam na mesa (em almoços e jantas). Os sucessores, no imediato, improvisam acaloradas discussões. Os manos (irmãos) e primos, no possível, tentam ajustar arestas naquela inconveniente hora/ocasião. Os demais, no horário, pipocam pelos espaços ou dedicam tempo aos utensílios virtuais. As divergências, em tamanhas, conduziram na supressão das confraternizações. Cada qual, no rumo da vida, segue sua sina de interesses e oportunidades. O instante, na bênção da mesa farta, acorre em momento sagrado. A boa digestão, na degustação dos alimentos, requer serenidade e silêncio. O convívio, na falta de limites, conduziu na libertinagem e respeito em baixa.

Coleção: Ciência dos Antigos

Crédito da imagem: http://www.torreschurrascos.com.br

O procedimento rural

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Guido Lang

O velho colono, no seu Lothário, sobrevinha num ente talhado na labuta braçal. A propriedade familiar, em ares de ermos de linha (localidade), assistia-se no espaço da “extração do pão”. As atividades, em criações e plantações, ensinavam manhas aos filhos. Estes, na tenra idade, sobrevinham em auxiliares dos pais. Pequenas tarefas, no generalizado e progressivo, eram atribuídas aos filhos (na incumbência de ensinar o apego e valor do trabalho). Uma lição básica, na circulação pelos ambientes agrícolas, sucedia em absorver/ocupar as mãos. O trabalhador, no retorno às instalações, precisaria sobrevir carregado em frutos da terra. Os exemplos, nos diversos, poderiam ser em forragens, frutas, lenhas... As mãos, no retorno em vazias, sinalizavam desapego ao ofício. O trabalho, em “formiguinha”, abreviava caminhos e ganhava tempo. Cada ente vê-se perito no seu “ganha pão”. Aquele que aufere sustento na vocação ganha-o nos ares de brincadeira.

Coleção: Ciência dos Antigos

Crédito da imagem: https://www.tudorondonia.com