terça-feira, 17 de maio de 2016

A evolução comunitária


A comunidade distrital, na onda da facilidade das emancipações, decidiu pela autonomia política-administrativa. Lideranças comunitárias uniram-se no comum propósito!
O plebiscito, entre o sim e não, acentuou divisões. Os moradores, nos seios familiares, apoiaram ou combatiam a emancipação. O sim venceu na folgada margem!
As consequências advieram na massiva urbanização. O lugarejo acabou invadido pelos forasteiros. As construções, na variedade de prédios, espalharam-se nos cantos e recantos!
A valorização imobiliária assumiu “ares de insanidade”. As famílias, sitiadas no distrito, conheceram a valorização das terras. Os filhos e netos enriqueceram nos leilões dos espaços!
Os loteamentos, em antigas propriedades coloniais, pipocaram aos quadrantes. Os lucros, em esbeltas mansões e suntuosos veículos, foram investidos nas satisfações!
Os avanços, nos serviços públicos, acentuaram-se nas sucessivas administrações. O progresso trouxe a desfiguração nos padrões e valores locais!
O destino, na vida, precisa ajudar no sucesso financeiro. A evolução, nas disposições comunitárias, costuma guiar as resoluções!

Guido Lang
“Crônicas das Colônias”

Crédito da imagem: http://www.circuitomt.com.br/

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