terça-feira, 1 de dezembro de 2015

Os primeiros clientes dos prazos coloniais (Colônia Teutônia/RS)


Os Livros de Notas, no Cartório de Taquari (conservados no Arquivo Público do Rio Grande do Sul), lista os primeiros fregueses dos lotes rurais. Os pioneiros, na Colônia Teutônia, custeavam os encargos na proporção do progresso das produções e poupanças familiares.
A relação, no comparativo do Livro Caixa da Empresa Colonizadora, identifica afluxo e instalação dos precursores. O historiador, na pesquisa, precisa ter em mente os empecilhos da época. As estirpes, na primeira ocasião, tiveram todo tipo impedimentos no assentamento.
A firma, na “Empresa Colonizadora Carlos Schilling, Lothar de la Rue, Jacob Rech, Guilherme Kopp & Companhia”, alargou prazos de custeio. As famílias, no geral, devastaram domínios e saldavam na extensão da produção. A faina, na força do braço, fazia-se no sol a sol.
A legalização, em custeios de cartório e empresa imobiliária, absorvia as parcas economias.  O diretor, no procurador, constituiu-se no emissário oficial. O funcionário, na sede em Glück-auf (Canabarro), arrecadava e repassava os valores aos donos da sociedade particular.
O registro, na subsequência, transcorreu:
Ano de 1863: Cristiano Schwinger.
Ano de 1864: Conrado Schwinger.
Ano de 1866: Almândio Dickel.
Ano de 1868: Francisco Antônio Machado.
Ano de 1869: Pedro Michel, Nicolau Streher, Ernesto Güntzel, Bernardo Roberto Greuner, Alberto Schüler, Nicolau Röhrig, Jacob Franck, Daniel Franck, Guilherme Brust, Abrão Heinrich, Frederico Genehr e Ernesto Hachmann.  
Ano de 1870: Henrique Jung, Guilherme Greve, Frederico Schneider, Adão Zimmermann, Cristiano Zimmermann, Jacó Arnt, Ernesto Hunsche, Guilherme Schonhorst, Frederico Etgeton, Frederico Markus, Julião Baungarde, Jacob Scheiermann, Guilherme Hachmann, Carolina Hauenstein, Gotlieb Borgardt e Miguel Schwingel.
Ano de 1871: Frederico Lautert e Henrique Lautert.
Ano de 1872: Guilherme Prass, Conrado Flech, Cristiano Schneider, Carlos Fries, Jacob Gulach, Jacob Dockhorn, Jacob Lang, Frederico Bohmberger, Conrado Loose, Frederico Kussler, Adolfo Eggers, Carlos Arnt, Carlos Frederico Voges, Manoel Lautert, Frederico Lautert, João Henrique Böhm, Frederico Landmeier, Jacó Schüler, Frederico Hunsche, Adão Fernsterseifer, Henrique Gödtel, Cristiano Schmitt e Frederico Becker.
Ano de 1873: Frederico Kich.
Ano de 1874: Carlos Surkamp, Henrique Zimmermann, Guilherme Dickel, Pedro Schneider, Luiz Diedirich e Abrão Bohnerberger.
Ano 1875: Jacob Elicker, Guilherme Kilpp, Pedro Kilpp, Germano Cord, Augusto Böhm, Jacob Röhrig, Francisco Gok, Francisco Götzen, João Hüther, Henrique Britcki, Guilherme Brune, Jorge Trieweiler, Rudolfo Dahmer e Margarida Ludwig.
Ano de 1876: Jacob Born e João Schröer.
Ano de 1877: Henrique Ritter, Jacob Feldens e Carlos Krieger.
Ano de 1878: Júlio May, Nicolau Heller, Pedro Michel e Plilippina Schneider...
Os estudiosos, na genealogia e história familiar, poderão encontrar a relação dos antepassados e patriarcas. Os bravos, na andança das paisagens, iniciaram no sangue e suor a conquista. Os nomes, nos alicerces familiares, perpassam seguramente na amnésia.


(Guido Lang, Fragmentos da História Colonial, novembro/2015).

Crédito da imagem: https://www.youtube.com/watch?v=6ajBprPpPS8&noredirect=1

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