terça-feira, 21 de junho de 2016

O fogão campeiro


A acomodada dona-de-casa, na essência da cozinha e linha, construiu aspirado fogão campeiro. O artefato, no contraído industrial, adentrou na aposentadoria e remoção do lugar. O pedreiro, no amplo entendedor do artifício (alcunha de “Cricri”), viu-se acordado no serviço da edificação. A peça, no amplo e funcional, acalora clima. As lenhas, em variadas dimensões e grossuras, acabam inseridas na combustão. As águas, na infusão, mantém umidade da atmosfera. Os alimentos, no cozido do ardor natural, elevam-se no sabor. A cozinha, nas cercanias do fogo, advém no assento da friagem. As conversas, nas afluências informais, esquadrinham ocorrências e vivências. O rústico, no epílogo, incide na economia e funcional. As pessoas, no interior, olham pela simplicidade e praticidade. A alegria, nas ambulações, sobrevém no livre-arbítrio: “Os rurais despontam em donos do próprio nariz”. A fortuna, no corriqueiro, transcorre na condição de espírito e expressão.

Guido Lang
“Histórias das Colônias”

Crédito da imagem: https://br.pinterest.com/pin/474285404480069821/

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